Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Saber sempre.

Existem certezas que cultivo , e talvez a mais voraz de todas as que tenho é de que minhas sensações são sempre muito mais certas do que as certezas propriamente ditas.
Sempre atentei a minha capacidade de delinear futuras situações e de prever o comportamento humano perante a diversas situações, seja pelo capacidade de interpretar comportamentos ou simplesmente pela mediocridade dos comportamentos previsíveis. Eu já devo ter lido todas as historias, já devo ter vivido todas as situações, já devo ter sentido todos os sabores, já deveria saber também o gosto amargo que prever futuros tem.
Alinhei conceitos e praticas, refiz todos os cálculos e sempre, mas sem exceções, peco pela falta de precaução. Acredito em absoluto na sensação de perigo e acredito mais ainda que ela é tão inofensiva como chá de erva doce.
Eu sempre sei o fim da história mas não mudo o enredo do dramalhão.  Entrego o estrelismo do papel principal a um qualquer que se faz tão menos indolente do que eu. 
Deveria eu já ter me contido a essa realidade, afinal, quem se torna altamente sensitivo a essas situações, deve no mínimo ter o senso de aceitar aquilo que de fato lhe veste e interpretar o personagem que lhe cabe.
Tudo bem, aceito a condição de precursor de uma bagunça infinita quando tento desenhar a situações que vejo, mas de forma alguma concordo com a possibilidade de fazerem com que me sinta um doidivanas, e me façam engolir goela a baixo que todas as minhas sensações não passando uma
Ilusão de uma mente fértil. Fértil mesmo é a capacidade que ainda se tem em negar coisas tão obvias que até mesmo um ser apartado de qualquer sensação lógica consegue perceber.
Sou certo nas coisas que penso, não em todas elas, mas em uma parte considerável. Parte essa tão suficiente para me fazer ter a sensação de que "eu já sabia".

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cena


Somos, em definitivo, uma sucessão de falhas e erros...


Sempre acreditei em algo plenamente denso, intenso, verídico. Algo inatingível. Fui guiado a verdades tão insanas que me fizeram acreditar que não existe limites e estorvos pra algo que realmente valha.

Passei a crer que amor é algo impetuoso e que nada é capaz de tirar esse seu poder, a não ser algumas exceções tão impetuosas quanto a falta do sentimento. Passei a ver o sentimento como algo sublime, intocável. Passei a não ver mais as desilusões, os empecilhos, as falhas e principalmente as dificuldades. Passei a acreditar que amar é mais do que sentir apenas, é mais do que simplesmente acreditar no que é belo e atrativo e que amor não nasce necessariamente a o que lhe é espelho. Passei a pensar no amor de forma doce e inabalável.

Acreditar tanto me fez assim, ser repleto de um amor incabível, amor daqueles que não se preocupa com forma, cor, estilo, classe, medos, manias, defeitos... DEFEITOS. O meu amor também é feito de defeitos. Certamente, amar seria prático se não lhe coubesse os erros.

Sobre errar, fatidicamente continuarei por toda uma eternidade, pois além de incomparavelmente amável sou incomparavelmente humano, o que me livra, Graças a Deus, de uma perfeição ilusória.

Queria eu, uma vez na vida ser pleno, total e completamente ser o que de fato sou. Viver intensamente o que de fato sinto e principalmente agir deliberadamente da forma que só eu sei agir. Queria poder destilar os meus ímpetos de excesso de zelo, a minha absurda falta de auto confiança, os meus dramas e cenas, queria eu poder olhar sem medo, amar sem medo e sem medidas. Queria eu não ter que me preocupar com a rejeição, me sentir de fato seguro, não ser tão rodeado de traumas e dissabores. Queria eu dormir tranquilo e repousar em um amor brando... Queria eu não deixar interpretar que o que me ocorre é falta de crença, não, não é isso. Queria eu não passar a impressão de vitima, e muito menos de algoz de situações distorcidas. Queria eu ser apenas doce e não ter de conviver com a ilusão, rejeição e desprezo. Em suma, sou alguém apartado das concepção geral do que é se ter amor.

O fato de ser tão utópico me faz ser prisioneiro dessa minha realidade impar e querer que o mundo se encaixe a essa minha “ditadura amorosa”. De fato, não espero nada em trocar do amor que não seja amor na forma que vier.

Sou lúdico, sonhador, mimado, carente... Mas quem souber levar essas minhas “mazelas” ganha um universo de mim...

“E eu, que fico à flor da pele, sem querer, eu tenho um coração vulcânico e sempre acabo errado.

Não, não diga que eu lhe trato mal, eu tento tanto te fazer feliz, mas acontece que eu sou desastrado.”

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Regrette





Somos constituídos de erro.
Não me lembro de um erro no qual eu tenha sido completamente absolvido sem antes padecer por eternidades e colher amargas consequências dele. As consequências são esperadas, obvio, assim como para as atitudes assertivas, mas os erros são sempre acompanhados de uma sequencia de dissabores intermináveis e que lhe fazem enfim crer que, de fato você não é nada mais do que um fracassado por errar tanto.
Se existe tolerância? Claro que sim. Pelo menos pra você que não se cansa de relevar rotineira falha humana ao seu redor, e perdoa do mínimo movimento descompassado até a mais grave falta que lhe cometerem. Entretanto, essa realidade é tão só sua que vira algo barbaramente utópico e logicamente impossível de acreditar que se existe.
Eu sempre imaginei haver uma limite entre o senso de felicidade e o de orgulho exagerado. Mas definitivamente não a uma linha que os define e sim um penhasco estratosférico que os separam. Felicidade e orgulho são opostos a níveis estelares, e justamente por tanta oposição lutam frente a frente em relação aos nossos erros. O meu orgulho joguei fora quando o ventre deixou de ser meu lar. Esse é meu bem, essa é minha melhor virtude.
Eu nunca deixei de amar por orgulho, eu nunca deixei de viver por orgulho, eu nunca deixei de me encantar por orgulho. Mas isso é restritamente Louis. Mas confesso, fico pasmo com tanta imparcialidade do resto do mundo em ser assim. Na verdade, não são imparciais, são simplesmente orgulhosos. E, de veras eu penso: até onde levaria teu orgulho? Será que não percebe que esse doidivanas, de veras está te impedindo de viver um mundo? O que ele lhe traz além de uma infinidade de falsos conceitos de fortaleza? Se sente mais forte sendo assim tão incoerente? Quantas vezes seu orgulho permite que se olhe por dentro? Ô meça, será que cabe assim tantos “princípios” e ”valores” em revés a tua felicidade?
O que eu sei é que não existe princípios que me fazem ir contra a minha felicidade. Eu errei e ainda erro o tempo todo, acabei de errar por escrever esse texto. Mas são esses meus erros eternamente remediáveis que me fazem viver eternamente tudo o que quero.
Non, je ne regrette rien.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Óbvio





Já não tenho tanta paciência para o obvio.
Confesso que perdi o ritmo pra as coisas comuns e clichês, apesar de ser um verdadeiro inocente em não identificar absolutamente nada que é tão claro como água.
O obvio me cansa, mais ainda me atem.
Sempre nos perdemos com as coisas que mais parecem irregulares, daquelas que fogem completamente do cotidiano maçante no qual pertencemos. Isso é sensacional, e tem um poder de ação em qualquer um fora de limites. De alguma forma, causa todo um “esquisitamento” alheio e te faz sentir como se vivesse uma situação impar. Mas é óbvio que essa situação tão óbvia não passa de mais uma alusão a um “perfeitamente próprio” que não existe. É só mais um óbvio, minha gente.
Ainda sobre a minha capacidade não identificar, e o pior, de camuflar situações corriqueiras, me perco mais uma vez naquele velho conto do não vigário, dos mundos aleatórios, das preferencias incomuns, dos sentires paralelos. Não, definitivamente não seria tão óbvio se não fosse assim.
No mais, me irrita essa preguiça toda que sinto. Seria mais fácil acreditar de vez que tudo é tão comum e que tudo sempre vai ser assim, plenamente uma questão de historias repetidas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Enfim...


Já cruzei tantos olhares, já senti tantos beijos, tantos abraços, tantos afagos. Já vive grandes expectativas e decepções por consequência. Já esperei por tanta coisa, já me esqueci de tanta coisa. Eu jamais acreditaria, nunca que seria tão factível. Foram tantos anos, tanta espera torta, tanta calma em forma de esperança.
Aconteceu.
Aquele mundo dia parado por dois minutos. Éramos eu e você, enfim.
Só não conte por ai do meu sorriso tímido, ou então daquela voz embargada que alternava entre palavras desesperadas e soluços afoitos. Enquanto eu me escondia atrás do copo de vodka eu me mergulhava naqueles olhos intensos e estonteantes.
Não queria ter feito nada além de parar o tempo, o mundo e as pessoas. E mesmo em tanta multidão, o tempo se fez nosso. Enfim, enfim.
Foi o abraço que tinha de ser, a compreensão e a morte daquela saudade toda que existia. Aqueles sorrisos já não eram mais meus, nem meus lábios, nem meus braços. Nem minha razão, nem meus sentidos. Eu estava entregue. Sem saber eu estava.
Foi este o momento, em que duas coisas já eram uma, e que nossos sorrisos já se misturaram, em que tudo estava ali, a metros de distância, que a hora de desmontar esse mundo todo chegou. Nossos caminhos voltaram a ser os mesmos, de novo ficou só nossa saudade e a certeza de que não poderia ser diferente.
Ainda tem seu cheiro em mim e esse parece ter impregnado na pele, no corpo, na alma.
Enfim...


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

No more fake love


Eu sou o maior falsário de amores que existe.
Adoro os amores inventados de Cazuza, as rosas que não falam de Cartola e toda a melancolia de sonhos de uma noite de verão do amor seja lá qual for.
Sempre delineei minhas paixões, seus itinerários e rotas, seus prazos e fluxos. Seu tempo, sua sina, sua cor e seu cheiro. Sempre contive o que eu queria, o que eu podia, e o que nem sonhava.
Nunca amei de verdade. NUNCA.
Não sabia da falta que os olhos faziam, ou do tremor que sentia nas pernas, nem se quer imaginava na pele da face ruborizar por apenas um olhar. Nunca havia comido as borboletas com batata doré que servem no botequim dos corações domados. Nunca pensei em me agradar com as coisas simples, com as palavras banais e com os sorrisos, ah os sorrisos largos e folgados que me desregulam no primeiro instante.
Jamais admiti abdicar do sono só pra observar outrem dormir, contar os batimentos, ouvir a respiração. Nunca senti tanta saudade de hábitos e manias insuportáveis e que nem ainda conheço. Nunca senti tanta falta dos domingos em família que não tivemos, dos sábados no fogão ousando em nossa cozinha experimental, de esfregar o maço de louros em sua pele pra te ver se irritares, e depois me beijar com os lábios lambuzados de baunilha e pimenta doce.
Nunca sonhei em envelhecer, sentir o peso do tempo em meu corpo. Me imaginei segundos atrás vivendo essa e duas ou três ou infinitas vidas só pra observar cada ruga da sua face.
Nunca pensei em sacrifícios, sejam eles da escala que forem. Hoje, convicto sei de que sacrifício nenhum desse mundo é factível o suficiente para enxergar a satisfação no sorriso de canto de lábio, quebrado pro lado esquerdo.
Aprendi a ser social, a encantar sem menos, a respirar sem força, a flutuar enquanto ando, a sentir e degustar e me deliciar com um simples “oi” pronunciado pela língua certa.
Nunca acreditei no encontro de almas, de vidas. Nunca achei que seriamos predestinados a ninguém. Sempre ri do destino, e veja só.
“Será que te conheço desde a infância, será que na infância eu parti? Para um mundo imaginado por você, ou por você o mundo veio e a infância assim se foi?”
Vem que nossos sonhos ainda nem desenhados foram.
Quero seu olho no meu, seu rosto no meu, sua alma na minha, minha alma na sua. Fundir corpo, alma, coração, vida, morte e eternidade.


sábado, 25 de agosto de 2012

Pele que habita




E ele vive mais leve.
As coisas são mais simples agora, os amores ainda são os mesmo, as paixões e desamores também.  Os seus sonhos ainda são os mais coloridos, seus olhares fulminam aquele mesmo brilho devastador. Sua alma ainda é quente, tão quente quanto o dorso que agora já não é o mesmo. Suas fugas continuam as mesmas, seus medos e desprazeres também. Seu jeito lúdico e atemporal  irremediáveis ainda estão por aqui. Sua força parece renovada, sua vontade ganha nova proporção extra large e sua impetuosa malicia também. Talvez mais irônico, talvez menos blasé.
Quem mudou afinal? Ele ainda fala de seus amores? Seu coração pertence a quem? Pertence a somente ele, e a alguém que sabe guia-lo, que só não se deu conta disso.
Talvez seja hoje menos da metade do que um dia foi, um décimo de toda a sua loucura ainda permaneceu.  Trocou o lascivo pelo nocivo, largou o solitário pela sua companhia constante. É mais presente nas vidas, na sua principalmente.
Hoje ama mais e mais, como nunca pensou que amasse. Ama-se, se ama.
Gosta ainda de confundir e ser confundido, e hoje tem a capacidade de dissimular sentires como qualquer bom personagem de comédia romântica.
Já é percebido pelo que faz e não mais pelo discurso contraditório. Encanta e não mais encanta-se.
Parece tão mais alguém que é de fato do que alguém que foi um dia.
Hoje ri de tudo o que dizem e disseram. Adora a falsa educação na qual é tratado,tolera por conveniência o intolerável, representa uma empatia apenas para ser o ser mais falsamente aceito dos ciclos. Sorri pra tudo, pra todos.
Hoje é fã da arte, da música, da literatura. Se perde a paralelos de estudo do comportamento de homens e humanidades. Tem discurso pra tudo e discorre sua persuasão embebedando qualquer um com duas ou três palavras.
Já não se encanta mais pelo boçal/banal. Precisa de argumentos mais tácitos para acender a chama impetuosa da entrega. Envergonhasse por um dia ter se feito acreditar em tantas falsas verdades que ele mesmo inventou.
Se ele é outro já não se sabe mais. O que tem em vista é que alguém deliciosamente incrível hoje habita aquela pele.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Alma Gêmea

As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesmo, e depois vão embora. 

Martha Medeiros 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

M(eu) gosto



Gosto da minha excentricidade e desse meu jeito lúdico de encarar a vida. Gosto do meu jeito abusado, desses olhares de falso desdém e desse sorriso dissimulado de utópico bom vivam. Gosto dessa minha calma disfarçada de furacão, dessa modéstia impetuosa e desse aspecto nocivos encabulado por esses trejeitos de bom moço.
Gosto da premissa da minha turbulência exagerada e da calmaria antagonizada por uma vasta calmaria de balanço de mar.
Gosto desses olhares que me deturpam e condenam e se desesperam na esperança de me desvendar.
Gosto das futilidades tão bem disfarçadas por uma sagacidade incorrigível.
Gosto da falta de senso, de limites e critérios, escondidos atrás de um muro de lamentações que transpareço.
Gosto dessa necessidade perpétua de ser impar, violentada  por um clichê que só eu sei interpretar.
Gosto de não saber ao certo o que sou, no intuito inocente de confundir e entorpecer.
Gosto de ser abstrato e incomparável, que por ora se perde em algo previsível e monótono.
Gosto de ser desprezo, mesmo sendo algo volátil e completamente factível.
Gosto do gosto que sinto quando posso ser do gosto que quero, sem deixar que ninguém saiba ao certo o gosto que tem.
Gosto dessa sensação de descobrir a cada minuto que sou bem mais do que os que zelam sabem.
Gosto do poder das minhas línguas e das minhas palavras soltas que desdigo e digo sem pensar.
Gosto de descobrir que sou o que quero e imagino no momento em que eu bem entender.
Gosto desse clima doce e seco, dessa mente desvairada e desse coração que não sessa em gostar.
Gosto de mim, e é assim.

domingo, 15 de julho de 2012

Keep calm and be happy





A nós foi ensinado que por toda uma vida buscaríamos por algo que sofre variações em sua forma de acordo com a pretensa de cada um, mas que por tal coisa ou sei lá o que, nós meros mortais passaríamos uma eternidade tentando eternizar algo chamado felicidade.
Muitos a definem como um estado de espirito exaltante e de plena alegria, outros a definem com calmaria e paz, muitos preferem não a definir, e outros tanto, assim como eu, a encaram como algo ridiculamente utópico, partindo da premissa que buscamos por um estado, encaremos assim, que nem nós mesmos sabemos o que é. Na real mesmo, felicidade é um estado completamente permanente e indefinido, que nós, somente nós possuímos. O agravante é que, em muitas, ou melhor, em todas as vezes, não sabemos explanar isso. Essa felicidade não é algo fabricado e muito menos algo que alguém lhe proporciona. Ela é algo intrínseco e totalmente visceral. Está em nós e nós dependemos dela.
O pecado mor nessa história toda é que acreditamos que é ridiculamente impossível viver só da nossa própria carga de felicidade e preferimos nos vender à felicidade que alguém tem a proporcionar. E é evidente, nunca sera aquilo que nos queremos ou precisamos, ou mais verdade ainda, nunca alguém vai lhe proporcionar essa tal felicidade, pode sim até acrescer a sua o que ultimamente também tenho achado um pouco utópico levando em consideração que atualmente a defesa pelo EU é algo que cega completamente qualquer hipótese de pensar no VOCÊ.
Queria eu ser mais crédulo da minha própria felicidade, e estou trabalhando arduamente para isso. Desbanco sempre a minha carga de sorrisos e afetos em momentos de plenitude imaginaria, e depois me arrependo amargamente por isso. Minha parcela de culpa nisso tudo não é apenas uma parcela, mas sim 99% de um financiamento de 76 meses. Preciso de fato acreditar mais na felicidade e menos nos corações bem intencionados que me aparecem, não porque eles sejam cruéis, amargos ou até falsos, mas porque a priori de cada um parte ainda da pretensa da priori do EU. O que é absolutamente lógico.
Não busco mais por esse sentimento de felicidade solúvel e quero encontrar a minha própria desagonia e botar um ponto final nessa minha necessidade pelo mundo e por todas as coisas que na verdade me são somente emprestadas.
Pra definir, cansei da felicidade alugada.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Masks






Eu nunca me enxerguei do completamente, sempre tive a vaga imagem das qualidade tórridas e dos defeitos sórdidos de maneira rasa e insuficiente. Valorizei sempre o meu espelho borrado, desviando das manchas do tempo e me focando nas partes limpas, vislumbrando superficialmente algo que na verdade já nem mesmo refletia fielmente. Não que eu tenha ocultado minha própria imagem de mim, mas acredito que alegorizei de forma exorbitada, e tornou-se cada dia mais impossível acreditar que, enfim, minha alegoria de um carnaval de 93 tão démodé como calças boca de sino era definitivamente tudo o que se tinha para ver.
Tinha noção do quanto eu era radioativo, e confesso que sempre achei isso o máximo. Gostava de ver como as peles ardiam pela nocividade da minha essência e acreditava que isso era o ápice da minha auto afirmação como alguém absolutamente denso. Na verdade, reparei que essa corrosão toda que causava, era tão lasciva quanto qualquer acido maldito que inventaram pra sanar manchas de pele, e que meus efeitos eram tão superficiais que paravam de reagir no terceiro mês de uso.
Sempre tive orgulho da minha intensidade. Acho incrível essa minha capacidade de mergulhar no mais fundo do oceano sem medo nenhum de perder o ar. A verdade é que essa história tem mais haver com a minha paixão pela apneia, ou pela autoflagelação e não necessariamente com profundidade das coisas que vivo. Não quero pagar pra ver, simplesmente vejo, e depois penso, ou nem penso e sinto. Sofro, sinto, não vejo.
Estou fundido a uma outra esfera. Algo como uma persona que já não é nem ocasionalmente o que eu realmente digo ser. Estou me vestindo diariamente com aquela fantasia do carnaval passado, e o pior, o carnaval passado parece ser o meu carnaval de hoje. Já não separo realidade de maturidade, porque ela nunca teve nada a ver com  a ficção, mesmo eu ignorando esse fato. Sou eu o responsável por esse enredo abrupto de dramalhão polonês que me trança nesse emaranhado de confusões, intensidades, atos indesejáveis, inesperáveis e porque não completamente ridículos e sem sentido, que SÓ eu tenho o poder de desfazer simplesmente sendo eu.
Ser eu não é algo que vem ao caso, não quero mais uma vez me agarrar a outro personagem desviado composto por fragmentos das mais diversas histórias que já passei. Sou um lego, na verdade. Tenho peças variadas, tanto na forma quanto na cor. Só que nenhuma dessas minha peças vão compor interinamente que seja, a minha necessidade, ou a necessidade dos outros, de ser ou sermos apenas o que se deve ser.
A verdade é que, os meus personagens devem ficar aqui, e preciso mesmo limpar o meu espelho. Se irei mais uma vez desenhar as minhas linhas e tramas como de costume, não sei. Sei que já é passada a hora de desmascarar me por inteiro e simplesmente reformular uma essência semimorta.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

VocEU


Nunca busquei nada demais. Sempre quis buscar luz dos olhos, alma refletida na retina, leveza no bater das pálpebras. Eu queria muito, querendo tão pouco.
Trocaria toda a minha caixa de relíquias, minha coleção de Camões, meu pedaço de quartzo negro e até a minha falta modéstia por esses olhos de brilhantes, tão mais ricos e sinceros do que todo o meu tesouro.
Eu troco toda a minha sinceridade por esse sorriso largo, e por esses seus hábitos insuportáveis, troco pelo seu sono, pelo seu espaço, pela sua alegria insana. Eu troco o meu juízo pelo seu excesso de zelo, a minha loucura pela sua sensatez, a minha intensidade pela sua calmaria casual. Eu troco 15 horas do meu dia por 15 minutos dos seus carinhos.
Você que já me viu tão blasé, hoje repara a alegria que vem das minhas coisas. Repara até no meio jeito de cantar, de encantar, de te confundir.  Do meu jeito fútil de falar das coisas fúteis, da minha sagacidade e inteligência, repara até na forma como eu caminho no piso frio pela manha. Repara assim, por reparar. Não quis nem minhas preciosidades, e me ofereceu duas mãos e um caminho... O seu, o nosso. Você que já me viu tão inconstante, tão irritantemente banal em certos rumos, hoje me faz ser mais incrível, mais convicto e menos atento as atrocidades dos de pouco amor.
Nossos sorrisos estão trocados, olha pra gente. Tem meu olho estampado no seu, seu sorriso grudou em meus lábios. Já somos nós. Eu e você, VocEU.
Não sei se esses olhos brilhantes vão brilhar por muito tempo, mas que brilhe e brilhe enquanto houver motivos, razão e vontade.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Dreams

"Eu gosto do seu sorriso bobo, do seu jeito chato de falar da vida. Gosto da sua cara de sono, da sua falsa arrogancia, do seu jeito de lidar com suas mazelas. Gosto dessa sua falsa modestia, do seu papel de bom moço, dessa sua boca torta e o seus olhos cor de mar... Mas eu não posso gostar assim, hoje pra mim, você é um sono, um mito, um personagem. Hoje você é você, eu sou eu, e esses são meus sonhos"




quinta-feira, 14 de junho de 2012

Voltei a chover.





Não... você de vez enlouqueceu. Tirou toda a roupa velha do armário, queimou as fotos e os presentes. Não, você revolucionou, não atende o telefone e nem responde aos meus e-mails. Não, você enlouqueceu, disse que me amava tanto e agora foi embora, foi embora, foi embora.
Não, eu não enlouqueci. Eu simplesmente te avisei, eu não tenho culpa de ser assim tão intensamente inconstante. Eu não conheço mais os seus amigos e nem me interesso mais pela sua família, já matei todos as suas manias e nada aqui mais lembra você. Eu te avisei, meu bem, eu falei que seria assim.
Já troquei os seus retratos por outro alguém e meus lençóis cheiram a madeira fresca agora, não mais aquele almíscar barato que você usava. Hoje estou mais refinado, me encanto com o encanto, com as palavras, com os sorrisos, com a alegria, e não com as promessas de papel de pão, os olhares derrotados . Desculpe, mas era claro como o falso brilho dos teus olhos que a próxima vitima ia ser você. E não eu, como todos imaginavam.  Eu fui embora, você ficou.
Eu fui pra vida, pro sol, pra chuva. A sim, hoje eu posso enfim ser chuva. Afinal, não mais afogo ninguém com os meus pingos gelados, muito pelo contrário, causo calafrios, sensações, e isso tudo só por chover.
Te troquei pela alegria, agora sorrio, chovo, brinco...
 “Nada do que eu fui me veste agora, sou toda gota que escorre livre pelo rosto e só sossega quando encontra a boca”.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Merthiolate





Se eu tenho o sorriso?
 - Olha pra mim, veja como sorrio de dentro. Não, olhe direito, no fundo dos meus olhos. Olhou?
Oi alegria, eu te vejo alegria. Sua irreverencia e  sua graça. Ai como são doces suas palavras, como esse sorriso cativa, e esse jeito tonto de falar das coisas fúteis, da vida alheia, do cotidiano destruído? Oi alegria, eu vejo a sua alma. Aquela alma macia, doce, que nem algodão! Algodão doce, pois sim, é doce. Oi alegria, eu vejo seus lábios, eles não param de se abrir em sorrisos, repare só como me olha com os lábios... Seus lábios cantam os nomes, os nossos nomes. Oi alegria, eu te vejo tão inquieta, o que acontece com você? Alguém mais te vê assim? Alegria, você está ai... Por favor, me olhe de novo. Gosto do jeito turvo de encarar o que eu falo. Oi alegria... Acho que te vejo melhor, porque não está com a sua fantasia de lantejoulas hoje?
Eu não queria, mas eu enfim te vejo, alegria. Porque você usa muletas? Quebrou sua perna, os pés, a bacia...?
Alegria, porque você não quer olhar mais em meus olhos? Alegria... Você está sangrando. Alegria?Alegria.
Poxa... eu não sei mais onde você foi. Você me deixou, sua bandida. Mas olha... eu escrevi essa cartinha pra mandar pra você. Vou colocar ela no pé do beija flôr, tá? Ele sempre sabe onde você está.  E olha, não repare a letra apressada, é que fiz isso naquele tempinho que eu tinha entre a noite e o sono em que eu me desaguava em você. Caso você leia, me dê um sinal? É que eu só queria te falar que eu descobri a sua cura, e que ela está aqui em mim.

Reforma Intima

Tem uma hora em que parece que maior do que a vontade de estar com alguém, ser amado e principalmente ter um pé para esquentar os nossos quando começa a maldida vinheta do programa "sensacional" dominical, é a necessidade, porque sim, isso não é uma vontade, de definitivamente se trancar em um paralelo só seu e arrumar toda a bagunça de dentro pra fora.
Não sei se é algo terapêutico, mas funciona como um exercício, coisas de auto conhecimento ou pode se dizer até que um estudo detalhado do seu interior, o que ficaria profundo demais, e resumindo isso não passa mesmo da vontade de trocar as cores das paredes, inverter a posição do sofá, trocar as almofadas de lugar ou sei lá, mudar de piso frio pra madeira corrida.
É simples, minha gente. Essa necessidade de mudança deve ser explicada pela psicologia como um acesso desesperado de fazer alguma coisa dar certo partindo da mudança interna com reflexos na mudança externa. E não, isso não tem nada a ver com mudanças físicas, por favor. Ninguém precisa de uma reflexão afinco para mudar os peitos ou subir as sobrancelhas, não.
É algo mais intrínseco e nada complicado, é uma "Reforma Intima". Intima no sentido pessoal e intransferível,  ou aquela coisa que não dá pra ninguém fazer por você.
Na real, é mais ou menos assim: Agente precisa achar sempre o aconchego da nossa sala, ter um sofá macio pra relaxar, uma adega cheia de vinhos e tudo mais... Evidente que, essas reformas todas teriam relação ao nosso bem estar, certo? Errado. Na verdade essas mudanças ocorrem sempre para atingir ou alcançar alguma coisa ou alguém. Desculpa, agente nunca muda por nós mesmo. Nessa hora, o amor próprio é mais coisa de idealistazinho. Mesmo idealista demais, é preciso que a "reforma" digamos assim, aconteça por nós, mas como nunca será, faremos por qualquer outro motivo.
Então vamos lá. Pare agora de trazer os outro ao seu aconchego falso, de estruturas abaladas e de paredes tom pastel. Aprenda a se reorganizar, coloque todos os livros na estante, distribua os milhares de CDs pelas caixas organizadoras e principalmente sinta-se a vontade com o seu aconchego. E lembrem-se, ninguém é obrigado a morar na sua bagunça, só você!


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Atados





Temos o controle de tudo. Não
Sempre gostei de partilhar das ideias alheias,  das mais diversas opiniões e dos papos diversos.
Hoje o dia parecida normal, as coisas fluíram da mesma forma e nada fugia do velho e chato contexto que não foi contextualizado mas acontece por osmose, talvez. O que fugiu da regra foi o tão maravilhoso papo com uma metade minha perdida por ai, que me fez rever os conceitos relacionados ao o quanto as coisas podem influenciar em nossa vida, por momentos, dias, anos, meses, séculos e até gerações.
Sempre me diz cético, acreditei desacreditando nas mais diversas coisas, e juro que vivi bem sem pensar muito nisso. Nesse momento estou intrigado com a possibilidade de várias coisas poderem de certa forma impactar em tudo o que acontece. Como uma consequência de alguma atitude que não foi a minha.
Tenho medo do místico, é fato. Não gosto desse lado obscuro e tortuoso que fala de almas, vidas, passados entrelaçados com presente, vidas e mortes, bem e mal. Mas sei, isso tudo está influenciando alguma porra na minha interpretação de vida.
Queria poder ter um pouco de senso e menos medo para desvendar o que estou falando, mas acho que agora não estou pensando no que realmente pode estar vinculado a isso, mas estou bem mais preocupado em dispersar esse meu medo e não dar tanta importância a importância que eu de fato estou dando a isso. 
Não, eu não quero desvendar esse místico, até porque ele deixaria de ser místico a partir do momento em que eu o descobrisse, não teria graça e o místico seria uma grande descoberta e eu me acharia memorável demais por isso.
O fato é, algo prende sempre, algo sempre trava e emperra. Seja por  coisas místicas ou por coisas simples de serem descobertas. Ou talvez nada prende ninguém de absolutamente coisas nenhuma e somos nós apenas uns inconscientes tentando achar uma justificativa a nossas fraquezas. Mas não, não é isso de verdade. Não é só por medo do que não conheço, é medo de saber que esse desconhecido realmente existe e está influenciando o dia de hoje.

Do jeito que quero.




Acho que todos temos uma tendência involuntária de agirmos manipulando coisas e situações, evidente que, em muitas das vezes não temos a mínima noção de que fazemos isso.
É tão intrínseco em nossa essência, que manipular é facilmente confundido com o poder de persuasão que certos obtém, mas fique claro, manipular e persuadir não tem absolutamente semelhança nenhuma a não ser pelo fato de serem algo que simplesmente não escolhemos ser.
Manipular, na verdade não é algo ruim. Claro, quando sabemos o que é, e quando sabemos quando usar. Na verdade, é uma arma poderosa, nas mão erradas um  veneno mortal, mas é uma potencia incrível pra quem dela sabe usar. Manipulamos tudo, sem saber que manipulamos. Nosso dia, as coisas que nos acontecem, o que pensam sobre nos, enfim, o tempo todo guiamos o que está em nossa volta. Manipulamos quando amamos, quando odiamos, quando queremos ser convincentes. Pense você agora quantas e quantas vezes você não conseguiu fazer alguém partilhar da mesma opinião que você só pelo fato de você ter essa opinião. Logo, somos manipuladores pelo que somos, não pelo que dissemos – Tá ai a diferença com o ser persuasivo.
Seguindo essa lógica, é melhor então sermos manipuladores do que persuasivos? Sim. Ser persuasivo dá trabalho, exige postura, discurso, dicção, oratória, boa aparência, repertório, e mais uma série de coisas. Ser manipulador basta ter, charme.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Prazer doce




Quando criança, eu adora brincar com aquelas maquinas encantadoras de chicletes coloridos.
Aquilo tinha o poder de me dominar, e toda e qualquer pratinha era exclusivamente guardada na caixinha em forma de carrinho que acumulava moedas para usar nas sextas feiras na fantástica maquina de alegrias de tutti frut, morando e menta. É tão nítida a imagem daquele boteco de bairro com aquele globo imenso, praticamente inalcançável para uma criança de 5 anos, repleto de bolinhas coloridas, com aquele espiral imenso que ia até o chão terminando em uma portinholinha de ferro que guardava a tão deliciosa prenda. Aquilo era importante pra mim, me fazia criança, éramos como cumplices, eu e a maquina. Estranho.
Lembro do dia em que senti uma vontade infinita de comer uma das minhas bolinhas de sensação boa e de imediato recorri a minha caixinha de moedas. Pra minha decepção, ela estava vazia, e de certa forma eu não achava justo pedir a minha mãe moedinhas extras além das que ela já alimentara semanalmente ao meu cofrinho. Tive uns dois minutos de tristeza, depois por instantes pensei que a maquina e eu seriamos cumplices e que ela me cederia algumas balinhas como que cortesia pelo tento de fidelidade e tudo mais... Ai nasceu minha decepção. Fui até sua catraca, e sem uma moeda tentei gira-la na esperança da balar correr pelos tubinhos e cair na caixa transparente. A bala não veio.  Só um monte de tristeza.
Anos depois, vim a entender o que representava o globo de balas e tudo o que aconteceu. A analogia pode ser bem torta, bem pobre, eu diria, mais foi ai que consegui entender o quanto o mundo caminhava sobre as rédeas de um interesse desmedido.
As pessoas, por sua vez hoje são como as balas açucaradas. São lindas, reluzentes, emocionantes. Te fazem rir, lhe proporcionam o prazer do doce, e se não bastasse no final se transformam em bolas lindas que grudam em nossos rostos nos fazendo gargalhar pela bagunça., mas como as balas, para sentirmos esse açúcar temos de dar algo em recompensa, não as pratinhas acumuladas na latinha de ferro, mas com a loucura da entrega de sentimentos.

Biscoitoterapia




Eu não consigo entender a “lógica” das coisas, e nem a ordem em que elas precisam acontecer. Na verdade o problema não é conseguir entender ou não, talvez seja aquela infernal mania de não saber internalizar o tempo em que as coisas tem para acontecer. Mas o que tem para acontecer, afinal, o que esperamos tanto que aconteça? E tempo? Que raios é essa coisa de tempo, e principalmente, como se mensura o tempo? Pra que perder tempo com tempo, lógica e expectativas?
Pra falar a verdade, tempo é algo pejorativo. Tempo não tem tempo nenhum, basicamente é dirigido de forma pessoal e intransferível. Alias, o tempo é algo inventado, algo criado para dar tempo para que o tempo tenha forma. Redundante. Tempo é tempo, e é tempo partindo do principio que tempo não existe. Ponto.
Das coisas lógicas? Essas me dão aversão. Quem definiu o que é lógico, correto, sensato? Parece tão automático ser lógico. Quem definiu que devemos comer arroz com feijão, ou quem disse que é lógico ser sensato? Por favor, não sou da concepção de que existe ordem para acontecer coisas. Acho que acredito na ordem natural, ou não, até porque ordem natural é algo lógico. Enfim, desisto do discurso.
Sobre criar expectativas? Sou extremamente favorável, claro. Afinal de contas, crio expectativas até ao abrir um pacote de biscoitos, mesmo sabendo que dentro da embalagem existem apenas biscoitos. Mas sempre acho que os biscoitos tem algo mais a me oferecer, que esses bicoitos podem ter alguma poção mágica a saciar a minha fome por dois dias, ou então que o recheio será mais farto, ou então que irei encontrar um biscoito com as duas metades recheadas, ou que  no fundo do pacote vou encontrar a figurinha premiada mesmo quando não existe figurinha premiada, ou quem sabe que encontre um biscoito recheado com um bilhete premiado de loteria. Tudo não passa de expectativas falhas, mas são as minhas expectativas. É evidente que existe um padrão, uma “lógica”, aquela mesma lógica que eu abomino, para a fabricação dos biscoitos. É a mesma fábrica, o mesmo processo de criação, os mesmo padrões de qualidade (atenção a essa palavra, também sou desfavorável a essa ridícula padronização do ridiculamente perfeito), o mesmo jeito de se fazer. Porque seria diferente com o resto das outras coisas. Gostando eu ou não, tudo é lógico.
Infelizmente não posso excluir a lógica, tempo e a razão para todas as coisas, simplesmente porque quero comer os biscoitos ideais.  O biscoito ideal não existe, ele tem vários sabores, varias formas, mas sempre serão os mesmo biscoitos.
Na verdade eu não gosto muito de biscoito, eles engordam, sujam os dedos e não matam a fome.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Madhouse



Todo mundo é louco, esse é o relato.
Todos são insanos, inconsequentes, incrivelmente desligados de qualquer realidade se quer paralela ao que é normal.
Nossa loucura nos torna meio vital, meio psicóticos, meio humanos e nada sensatos. Nossa loucura já nos levou a lugares incríveis, já desenhou cenários inimagináveis, já nos fez rir das situações mais desgraçadas e já nos apresentou as piores e as melhores pessoas do mundo.
Dessa nossa “cesta básica” de falta de juízo, o item mais valido e mais perigoso e nem por isso o menos importante, muito pelo contrário, é a loucura de amar. Como disse, é a loucura mais acida e apimentada desse emaranhado de maluquices, e nos faz tão mais desesperados e esquisitos, e nos deixa com a cara de “usando cata baba”.
Dessa fatia de loucura quero lambuzar meus lábios. Prefiro ser louco a cada minuto, a cada segundo, e não morrer de tédio ou de amenidade.
Essa coisa de ser louco de amores não é bem real, talvez algo idealizado, fatídico, que acaba se aproximando bastante de uma esfera mais concreta. Eu quero ser louco.
Dessa pseudo falta de lógica, o que dói é quando se propõem sozinho a ser assim, enlouqueapaixonando –se e deixando toda a lucides trancada no quartinho de bagunça. Só um louco entende o outro, só um louco compreende a real necessidade de ser tão maluco assim, de ser insano, doente, possessivo.
Para todos os efeitos continuo aqui em meu manicômio, cercado de gente louca como eu, ou sozinho alimentando minhas alucinações.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Run


Hoje em uma das minhas conversas pseudo - profundas, tentando conciliar o raciocínio no que eu dizia com o correr das pernas, tive insights que compensaram o fato de eu não sentir mais meus musculos , nem meus pulmões, nem nada.
Nessa de quase me desfazer na corrida, descobri que é tão mais intensa a minha necessidade de ser vivo quanto a intensidade para com as coisas ao meu redor, e que essa intensidade toda, talvez seja reflexo da necessidade de extravasar de forma mais amena vontades mais amenas.
Convenhamos, extravasar intensidade é algo peculiar, assustador e pouco considerável. Então porque não aprender a domá-la? Eu pensei que nunca fosse capaz de correr por quinze minutos consecutivos e olha cá o que fiz hoje. Evidente que não tenho mais forças pra ir até a cozinha, mas pelo menos dominei algo que pensava impossível, logo, coisas semelhantes, ou que nada tem a ver, podem ser domadas da mesma forma, ou ainda melhor.
O segredo é focar, conciliar a passada com a respiração, a pulsação, a trocada de pernas, os alongamentos, e todo o contexto, sem acelerar ou diminuir alguma das “regras” para uma boa corrida. Tudo tem que ser uniforme, consonante, em um ritmo único. Caso contrario, o coração acelera , a respiração fica falha, você vai enfartar, você vai morrer. Brinks.
Não pode ser diferente nessa coisa toda de ser intenso. É bom, mais deve seguir o contexto, uma forma, uma receitinha de idealização. Algo que pode, pelo menos pelos próximo vinte anos, evitar que você saia por ai morrendo em cada novo momento de afeição.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Do teu lado - Leoni




"Te escrevo essa canção
Pra te fazer companhia
Pra segurar tua mão
Não te deixar sozinho
Canção feita de pele
Pra usar por baixo da roupa
Canção pra te deixar um gosto doce na boca
Te escrevo essa canção
Porque nem sempre ando perto
E essa canção me ajuda a atravessar um deserto
Canção de fim de tarde
Pra se infiltrar nos seus poros
Pra acordar com você
Te olhar no fundo dos olhos
Canção pra andar do teu lado
Em toda e qualquer cidade
Pra te cobrir de sorrisos
Quando eu chorar de saudade"

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Em sete TEMPOS

Nunca acreditei nos efeitos do TEMPO.
Sempre zombei de tudo o que falavam, sempre ignorei o fato das coisas tomarem forma, saírem do borrado e ficarem claras de acordo com o passar, junção de fatos e tudo mais... Coisas provenientes, lógico, de tempo. De uns TEMPOS pra cá, tenho literalmente pago a língua e me convencendo sempre mais de que o TEMPO é o melhor conector de histórias, acontecimentos, fatos, datas, sentidos, esperanças e mais um monte de outras coisas. TEMPO esse que não é medido em relógio, ou talvez nem tenha regra nenhuma de métrica. Um TEMPO que independe das vontades, que passa a ter opinião própria quanto a sua duração, ou então sempre independe de você mesmo e dura de acordo com a vontade daquilo que você quer.
Depois que passei a “aceitar” essa condição de se viver sob domínio de um TEMPO, passei a encara-lo de forma, digamos, peculiar. Eu não sei lidar com o time de nada, nem com o meu próprio, mais usei a força do TEMPO ao meu favor. O tempoo me torna hábil, ardiloso, meticuloso, esperto por horas, e faz tudo ser esclarecedor.
Nunca fui aliado do TEMPO, sempre briguei com seus propósitos e sempre quis ir contra as suas regras. De fato errei muito por isso, perdi coisas ditas interessantes, apressei o tempo de lugares e pessoas e hoje só tenho como alternativa ser o melhor amigo do infeliz.

Tempo, tempo, tempo , tempo, entro em um acordo contigo”. Me ensinas a te respeitar que eu te ensino a fazer parte de mim.

“Que seja ainda mais vivo, no som do meu estribilho, tempo, tempo, tempo, tempo, ouve bem o que eu lhe digo”.



domingo, 15 de janeiro de 2012

Pré - sono



Mesmo depois de já ter dado um Adeus ao dia de hoje, e já ter me aconchegado nas trezentas almofadas que simulam alguém na cama além de mim mesmo, tive que voltar aqui para dar vazão aos pensamentos que mais uma vez não me deixam dormir. É difícil realmente alguma coisa me tirar o sono, mais confesso que nos últimos tempos tem sido mais difícil algo que me faça pegar no sono, também pudera, com esses pensamentos torturantes que habitam essa mente infame, nem mesmo meu querido diazepam tem feito o milagroso efeito do boa noite cinderela.
Ao falar de tortura, me recordo o que me trouxe mais uma vez aqui. Não existe nada mais torturante do que o silêncio. Logo eu que sempre prezei a sabedoria do silencio, as satisfações mentais que ele me trazia, a clareza nas ideias e tudo mais, passo hoje a reclamar dessa falta de barulho perturbantemente torturadora.
A mente humana, ou pelo menos a minha, foi projetada para ter claro tudo o que lhe acerca, evidente que nem tudo sempre será tão satisfatório e inúmeras vezes teremos/terei a necessidade de explicações, explicações com desenhos, frutas quem sabe?  A questão é que, por mais claro que tudo aparentemente esteja acontecendo, ainda não me contento primeiro com o silencio de lá de fora e depois com o silencio que passa a se instaurar dentro de mim, pois sim, parece que até meus pensamentos tem se recusado a falar nesses instantes.
Não quero parecer idiota, apesar de sempre dar a impressão de que sou realmente um idiota. A verdade é que tenho falado demais de tudo nos últimos dias, isso faz-se notar pela quantidade de textos que tenho publicado ultimamente. Tão quanto quero fazer de tudo isso aqui um apelo desesperado a algum barulho exterior, preciso apenas assentar minhas ideias em algum lugar, e antes que eu as faça de forma incoerente, prefiro deixa-las fluir da maneira mais sensata possível por essas linhas que certamente meia dúzia de pessoas possam ler. Não estou escrevendo por auto piedade, por favor, sei que pouquíssimas pessoas acompanham o blog, e deixo claro, minhas ideias aqui expressam instintivamente o que sinto, e servem como base para meu alivio, não para afagar ou apunhalar alguma coisa de alguma forma.
Meus dias, apesar de esquisitos e torturante, tem disso cômicos. Naqueles em que não estou altamente concentrado em uma apresentação importantíssima do trabalho, alterno não exatamente nessa ordem em escutar umas músicas bregas/sofríveis, ter autos de excitação e começar a limpar tudo e qualquer coisa que me parece sujo a começar pelo meu próprio lep top, olhar desatentamente para a Amy com cara de indiferença em meu desktop, ouvir duas ou três vezes seguidas aquela música na qual prefiro nem falar qual é porque só de escrever o nome já sinto o nó na goela, olhar desesperadamente e continuamente para o celular que insiste em permanecer  mais silencioso do que quando está inoperante, e é claro, escrever, escrever e escrever descompensadamente.
De qualquer forma, esse tal desespero começa a dar espaço a uma sensação de despedida um tanto quanto fúnebre. Se no começo do final de semana eu me ressentia por algo que ainda não tinha acontecido, hoje me ressinto por algo que me parece que não vai mesmo acontecer.
Acho que agora posso voltar pra cama, pelo menos as minhas milhões de almofadas vão me confortar até o dia seguinte. Sim, estou mais aliviado em dividir um pouco dessa merda que não sei o que é com alguém que também não sei quem é que possa estar lendo isso tudo.
Sobre o silencio? Sim, esse ainda me tortura. Mais logo o silencio vira uma resposta, se não por falar, mais por eu ter entendido o que sua crucial falta de palavras tem a me dizer.



Sobre ser passional?
Essa talvez não seja a condição mais aceitável pelos céticos e por aqueles que fogem a essa regra, ou basicamente, uma condição inaceitável por quase todo o mundo e mais um pouco. Porém é uma condição que, sinceramente, aceito como minha. Não por escolha ou osmose, mais algo tácito, intrínseco, de condição natural de nascença.
Evidente que essa condição digamos que “anormal” de vida, tenha me causado sérios problemas nos últimos sei lá e tantos anos da minha vida, considerando a real dificuldade de aceitação por parte dos integrantes da onda reversa. Isso, às vezes, parece caracterizar uma doença séria e altamente contagiosa, e é exatamente esse tratamento que ela geralmente recebe.  Ela? Estamos ainda falando de uma condição absurdamente linda de se enxergar o mundo?
Me culpei durante anos, tentei reverter a sua intensidade, mudar a bipolaridade, agir de forma mais convicta e menos açucarada, e ser mais cético em relação a tudo o que ela representa. Confesso que, realmente fui mais cercado de possíveis paixões, mais a todo momento me cobrava pelo fato de não poder ser o que realmente eu sentia vontade de ser. Um apaixonado incurável, mesmo que um idiota incorrigível. Isso sou eu, e não adianta.
Hoje entendo essa minha “facilidade em amar o mundo” como algo puro e inocente, isenta de qualquer maldade. Estou longe de ser bom, bom no sentido de bondade, Madre Tereza ou coisa que se compare, mas me acentuo no intuito de amor de coração, daqueles que escolhesse para amar, ou que as vezes nem se escolhe, simplesmente ama, ou gosta muito, ou se apaixona muito, ou qualquer outra coisa no sentido seguido do MUITO.
Se penso em reduzir a carga de intensidade e aprender a sentir menos? NÃO, definitivamente. Já me moldei para o mundo, hoje quero mais que o mundo me aceite dessa forma. Eu sempre vou amar por muito menos.
Não quero mais sair oferecendo meu coração em uma bandeja, esperando que diversas pessoas o venham espetar com seus palitos de dentes, tirar uma pequena fatia e levar consigo dentro de seus estômagos. Quero simplesmente esperar que ele um dia compreenda a necessidade de se entregar realmente a alguém que o compreenda e o aceite, ou que morra seco ou vire um gengibre.
Enquanto nada disso acontece, sigo assim, plenamente, apaixonadamente, intensamente, irritantemente, insuportavelmente, inaceitavelmente passional.  

sábado, 14 de janeiro de 2012

Igual a qualquer um


Melhor que eu não te conte novidades, nem diga nada muito diferente, nem faça teorias sobre a gente, nem fale dessa angustia que me invade. Melhor usar palavras já testadas, amor, saudade, beijos e despedidas. Um saco de figuras repetidas, tão gastas que já não te digam nada. Pois só o que for extremamente fácil como as canções de amor do rádio, lembrem algum clichê, lugar comum e nunca retratar a nossa vida, mas te deixar feliz e comovido e te fazer igual a qualquer um.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

WTF?



 (In)voluntariamente me privo de diversas desventuras talvez por covardia ou até mesmo por excesso de zelo. Na verdade não me lembro de nada muito tentador que me tenha ocorrido nos últimos tempos e que realmente eu tenha vindo a me preocupar em arriscar ou não. Na verdade, acredito que me privava – passado - de diversas coisas, e que de uns tempos pra cá tenho realmente ficado suscetível ao tal “pagar pra ver.” Isso é bem legal, na verdade. Claro, quando você não é pisciano ou quando pelo menos consegue fazer a distinção entre coisas palpáveis, coisas a se apalpar, nenhuma coisa nem outra, coisas a não chegar perto e coisas que realmente façam valer alguma coisa, essas, particularmente acredito que devam estar em extinção, ou eu apenas esteja um pouco desequilibrado demais (novidade) para admitir que coisas que valham realmente existem e nos cercam a todo momento, a diferença é que elas nos cercam, mas NUNCA chegam até nós. Não somos/sou interessante, acho.
De qualquer forma, a falsa expectativa de ser reservado o suficiente pra se arriscar, sempre me é acompanhada de uma boa fatia de uma puta falta de falta de saber o que fazer talvez uma jarra de incertezas, dois ou três grandes pedaços de dor de cotovelo e mais um monte de outras coisas indigestas que saio arrotando por meses.
A questão é, definitivamente, que por mais que eu tenha vontade de ser desprendido e que o desapego é uma palavra mais constante em minha boca do que minha própria língua ela ainda é só uma palavra. Pobre palavra, ainda não aprendeu o real sentido que tem. Alias, eu ainda não.
É indiscutível o fato de que vou me permitir a uma micro revisão de pensamentos e que talvez eu não chegue a conclusão nenhuma, ou talvez piore, ou talvez nem pense, ou talvez continue pensando e pensando e conclua que certamente estou com sérios problemas de falta de nexo nos pensamentos, ou apenas tenha que admitir que por mais uma vez apenas estou acelerando os fatos, os atos e tudo mais.
Por hora prefiro me esconder na tristeza. Isso também é algo degenerativo que impera em alguma porra cromossômica herdada de uma mistura de piscianos com sentimentaloides.  . Claro que isso é uma condição passageira e é evidente que logo mais eu vou cansar de ficar com a cara inchada de tanto dormir. SIM, DORMIR. Porque eu não choro, nunca – NNNNN
Não ímpeto a não normalidade da “crise” da moda. Talvez ela seja sim a primeira crise que realmente tenha algum sentido, ou talvez eu esteja interpretando como várias vezes – pelo que me lembro, todas as minhas interpretações foram coisas menos profundas e eu não costumava ensaiar madrugadas a fora, enfim – de fato é algo bem intenso, digo.
O que importa é que “essaporratoda” que eu sei lá o que é, seja ela cena ou não, hora passa, hora não passa, hora passa e vai embora. De vez. Se não passar acho que não sei o que fazer, mas nada que o google não ajude. Agora, se ela passar e por infortuno decidir vir acompanhada de uma coisa que valha, ficarei eternamente grato por  esses meus momentos de total entrega ao meu descaso.
Enquanto a minha indiferença. Bom, essa é deliberadamente uma das coisas mais absurdas que tenho em mim. A minha intensidade é algo marcante, coisa de delineia a personalidade, contudo, a minha indiferença é algo que a deturpa. Logo, não sou tão intenso quanto indiferente, e quando sou um sou melhor do que sendo o outro. Defina a ordem como quiser.
Ninguém tem obrigação com você ou com o que você sente...”.




quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Plans

- Eai, quais são seus planos?
 - Na verdade eu tenho vários, se me acompanhar, no caminho posso te contar.
E quem é que acompanha?
Eu continuo nessa minha mesma idiotice eufêmica, nas ilusões e dos efeitos paradoxais, nessa realidade absolutamente paralela que já pensei em um milhão de vezes em abandonar.
Deixei de contabilizar quando os dedos dos pés e das mãos de trinta pessoas não davam pra contar quantas vezes eu decidi mudar a porra toda.
Vamos lá, eu me prendo sempre nos meus ridículos efeitos, nas minhas ridículas possessões, sempre acho que sou o dono de coisas que nem mesmo existem, coisas essas que não compramos, não ganhamos, não nada. Se essas coisas decidem pertencer a outrem, ou se quer se alugam por ai, é o suficiente para que eu me escandalize e decida acabar com toda e qualquer possibilidade de ser minimamente lógico. Isso prova e muito que as vezes tento experimentar um pouco de lógica.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

:)

Dos pequenos feitos infindáveis efeitos. 
“Eu gosto dos pequenos detalhes, das coisas mais insignificantes, dos gestos mais simples...” ·.

De gostos.



Toda confusão é valida quando se existe pretextos.
E quais pretextos temos para a confusão? O que realmente confundi, distorce, inebria?
Gosto de sentir o amargo da incerteza do confuso, gosto dessa vontade de vomitar que sinto toda vez que estou confuso.
Minhas confusões são sempre as mesmas, sempre. Elas têm sempre começo meio, começo e meio, começo e meio... Nunca se finda, não é cíclica, é rotativa em meia volta, vai do nível 1 ao 3 e nunca fecha o par.
Sou bem confuso ao expressar todo o meu sentimento de posse, a se desfazer dele em um minuto, a me apegar por mais dois ou três dias, a fingir que nada aconteceu e dar risada do acaso, a chorar desesperadamente por cinco minutos, de ligar pra qualquer um e fazer o maior drama de todos os tempos, fazer o maior drama de todos os tempos e me revestir da comédia que esse drama se torna.
Gosto do incerto do que eu gosto, alias, da incerteza das coisas que eu gosto, ou não gosto, ou penso que gosto, ou só finjo que gosto por puro... Puro o que mesmo?