Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Enfim...


Já cruzei tantos olhares, já senti tantos beijos, tantos abraços, tantos afagos. Já vive grandes expectativas e decepções por consequência. Já esperei por tanta coisa, já me esqueci de tanta coisa. Eu jamais acreditaria, nunca que seria tão factível. Foram tantos anos, tanta espera torta, tanta calma em forma de esperança.
Aconteceu.
Aquele mundo dia parado por dois minutos. Éramos eu e você, enfim.
Só não conte por ai do meu sorriso tímido, ou então daquela voz embargada que alternava entre palavras desesperadas e soluços afoitos. Enquanto eu me escondia atrás do copo de vodka eu me mergulhava naqueles olhos intensos e estonteantes.
Não queria ter feito nada além de parar o tempo, o mundo e as pessoas. E mesmo em tanta multidão, o tempo se fez nosso. Enfim, enfim.
Foi o abraço que tinha de ser, a compreensão e a morte daquela saudade toda que existia. Aqueles sorrisos já não eram mais meus, nem meus lábios, nem meus braços. Nem minha razão, nem meus sentidos. Eu estava entregue. Sem saber eu estava.
Foi este o momento, em que duas coisas já eram uma, e que nossos sorrisos já se misturaram, em que tudo estava ali, a metros de distância, que a hora de desmontar esse mundo todo chegou. Nossos caminhos voltaram a ser os mesmos, de novo ficou só nossa saudade e a certeza de que não poderia ser diferente.
Ainda tem seu cheiro em mim e esse parece ter impregnado na pele, no corpo, na alma.
Enfim...


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