Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Cena
Somos, em definitivo, uma sucessão de falhas e erros...
Sempre acreditei em algo plenamente denso, intenso, verídico. Algo inatingível. Fui guiado a verdades tão insanas que me fizeram acreditar que não existe limites e estorvos pra algo que realmente valha.
Passei a crer que amor é algo impetuoso e que nada é capaz de tirar esse seu poder, a não ser algumas exceções tão impetuosas quanto a falta do sentimento. Passei a ver o sentimento como algo sublime, intocável. Passei a não ver mais as desilusões, os empecilhos, as falhas e principalmente as dificuldades. Passei a acreditar que amar é mais do que sentir apenas, é mais do que simplesmente acreditar no que é belo e atrativo e que amor não nasce necessariamente a o que lhe é espelho. Passei a pensar no amor de forma doce e inabalável.
Acreditar tanto me fez assim, ser repleto de um amor incabível, amor daqueles que não se preocupa com forma, cor, estilo, classe, medos, manias, defeitos... DEFEITOS. O meu amor também é feito de defeitos. Certamente, amar seria prático se não lhe coubesse os erros.
Sobre errar, fatidicamente continuarei por toda uma eternidade, pois além de incomparavelmente amável sou incomparavelmente humano, o que me livra, Graças a Deus, de uma perfeição ilusória.
Queria eu, uma vez na vida ser pleno, total e completamente ser o que de fato sou. Viver intensamente o que de fato sinto e principalmente agir deliberadamente da forma que só eu sei agir. Queria poder destilar os meus ímpetos de excesso de zelo, a minha absurda falta de auto confiança, os meus dramas e cenas, queria eu poder olhar sem medo, amar sem medo e sem medidas. Queria eu não ter que me preocupar com a rejeição, me sentir de fato seguro, não ser tão rodeado de traumas e dissabores. Queria eu dormir tranquilo e repousar em um amor brando... Queria eu não deixar interpretar que o que me ocorre é falta de crença, não, não é isso. Queria eu não passar a impressão de vitima, e muito menos de algoz de situações distorcidas. Queria eu ser apenas doce e não ter de conviver com a ilusão, rejeição e desprezo. Em suma, sou alguém apartado das concepção geral do que é se ter amor.
O fato de ser tão utópico me faz ser prisioneiro dessa minha realidade impar e querer que o mundo se encaixe a essa minha “ditadura amorosa”. De fato, não espero nada em trocar do amor que não seja amor na forma que vier.
Sou lúdico, sonhador, mimado, carente... Mas quem souber levar essas minhas “mazelas” ganha um universo de mim...
“E eu, que fico à flor da pele, sem querer, eu tenho um coração vulcânico e sempre acabo errado.
Não, não diga que eu lhe trato mal, eu tento tanto te fazer feliz, mas acontece que eu sou desastrado.”
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