Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Voltei a chover.





Não... você de vez enlouqueceu. Tirou toda a roupa velha do armário, queimou as fotos e os presentes. Não, você revolucionou, não atende o telefone e nem responde aos meus e-mails. Não, você enlouqueceu, disse que me amava tanto e agora foi embora, foi embora, foi embora.
Não, eu não enlouqueci. Eu simplesmente te avisei, eu não tenho culpa de ser assim tão intensamente inconstante. Eu não conheço mais os seus amigos e nem me interesso mais pela sua família, já matei todos as suas manias e nada aqui mais lembra você. Eu te avisei, meu bem, eu falei que seria assim.
Já troquei os seus retratos por outro alguém e meus lençóis cheiram a madeira fresca agora, não mais aquele almíscar barato que você usava. Hoje estou mais refinado, me encanto com o encanto, com as palavras, com os sorrisos, com a alegria, e não com as promessas de papel de pão, os olhares derrotados . Desculpe, mas era claro como o falso brilho dos teus olhos que a próxima vitima ia ser você. E não eu, como todos imaginavam.  Eu fui embora, você ficou.
Eu fui pra vida, pro sol, pra chuva. A sim, hoje eu posso enfim ser chuva. Afinal, não mais afogo ninguém com os meus pingos gelados, muito pelo contrário, causo calafrios, sensações, e isso tudo só por chover.
Te troquei pela alegria, agora sorrio, chovo, brinco...
 “Nada do que eu fui me veste agora, sou toda gota que escorre livre pelo rosto e só sossega quando encontra a boca”.

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