Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Run


Hoje em uma das minhas conversas pseudo - profundas, tentando conciliar o raciocínio no que eu dizia com o correr das pernas, tive insights que compensaram o fato de eu não sentir mais meus musculos , nem meus pulmões, nem nada.
Nessa de quase me desfazer na corrida, descobri que é tão mais intensa a minha necessidade de ser vivo quanto a intensidade para com as coisas ao meu redor, e que essa intensidade toda, talvez seja reflexo da necessidade de extravasar de forma mais amena vontades mais amenas.
Convenhamos, extravasar intensidade é algo peculiar, assustador e pouco considerável. Então porque não aprender a domá-la? Eu pensei que nunca fosse capaz de correr por quinze minutos consecutivos e olha cá o que fiz hoje. Evidente que não tenho mais forças pra ir até a cozinha, mas pelo menos dominei algo que pensava impossível, logo, coisas semelhantes, ou que nada tem a ver, podem ser domadas da mesma forma, ou ainda melhor.
O segredo é focar, conciliar a passada com a respiração, a pulsação, a trocada de pernas, os alongamentos, e todo o contexto, sem acelerar ou diminuir alguma das “regras” para uma boa corrida. Tudo tem que ser uniforme, consonante, em um ritmo único. Caso contrario, o coração acelera , a respiração fica falha, você vai enfartar, você vai morrer. Brinks.
Não pode ser diferente nessa coisa toda de ser intenso. É bom, mais deve seguir o contexto, uma forma, uma receitinha de idealização. Algo que pode, pelo menos pelos próximo vinte anos, evitar que você saia por ai morrendo em cada novo momento de afeição.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Do teu lado - Leoni




"Te escrevo essa canção
Pra te fazer companhia
Pra segurar tua mão
Não te deixar sozinho
Canção feita de pele
Pra usar por baixo da roupa
Canção pra te deixar um gosto doce na boca
Te escrevo essa canção
Porque nem sempre ando perto
E essa canção me ajuda a atravessar um deserto
Canção de fim de tarde
Pra se infiltrar nos seus poros
Pra acordar com você
Te olhar no fundo dos olhos
Canção pra andar do teu lado
Em toda e qualquer cidade
Pra te cobrir de sorrisos
Quando eu chorar de saudade"

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Em sete TEMPOS

Nunca acreditei nos efeitos do TEMPO.
Sempre zombei de tudo o que falavam, sempre ignorei o fato das coisas tomarem forma, saírem do borrado e ficarem claras de acordo com o passar, junção de fatos e tudo mais... Coisas provenientes, lógico, de tempo. De uns TEMPOS pra cá, tenho literalmente pago a língua e me convencendo sempre mais de que o TEMPO é o melhor conector de histórias, acontecimentos, fatos, datas, sentidos, esperanças e mais um monte de outras coisas. TEMPO esse que não é medido em relógio, ou talvez nem tenha regra nenhuma de métrica. Um TEMPO que independe das vontades, que passa a ter opinião própria quanto a sua duração, ou então sempre independe de você mesmo e dura de acordo com a vontade daquilo que você quer.
Depois que passei a “aceitar” essa condição de se viver sob domínio de um TEMPO, passei a encara-lo de forma, digamos, peculiar. Eu não sei lidar com o time de nada, nem com o meu próprio, mais usei a força do TEMPO ao meu favor. O tempoo me torna hábil, ardiloso, meticuloso, esperto por horas, e faz tudo ser esclarecedor.
Nunca fui aliado do TEMPO, sempre briguei com seus propósitos e sempre quis ir contra as suas regras. De fato errei muito por isso, perdi coisas ditas interessantes, apressei o tempo de lugares e pessoas e hoje só tenho como alternativa ser o melhor amigo do infeliz.

Tempo, tempo, tempo , tempo, entro em um acordo contigo”. Me ensinas a te respeitar que eu te ensino a fazer parte de mim.

“Que seja ainda mais vivo, no som do meu estribilho, tempo, tempo, tempo, tempo, ouve bem o que eu lhe digo”.



domingo, 15 de janeiro de 2012

Pré - sono



Mesmo depois de já ter dado um Adeus ao dia de hoje, e já ter me aconchegado nas trezentas almofadas que simulam alguém na cama além de mim mesmo, tive que voltar aqui para dar vazão aos pensamentos que mais uma vez não me deixam dormir. É difícil realmente alguma coisa me tirar o sono, mais confesso que nos últimos tempos tem sido mais difícil algo que me faça pegar no sono, também pudera, com esses pensamentos torturantes que habitam essa mente infame, nem mesmo meu querido diazepam tem feito o milagroso efeito do boa noite cinderela.
Ao falar de tortura, me recordo o que me trouxe mais uma vez aqui. Não existe nada mais torturante do que o silêncio. Logo eu que sempre prezei a sabedoria do silencio, as satisfações mentais que ele me trazia, a clareza nas ideias e tudo mais, passo hoje a reclamar dessa falta de barulho perturbantemente torturadora.
A mente humana, ou pelo menos a minha, foi projetada para ter claro tudo o que lhe acerca, evidente que nem tudo sempre será tão satisfatório e inúmeras vezes teremos/terei a necessidade de explicações, explicações com desenhos, frutas quem sabe?  A questão é que, por mais claro que tudo aparentemente esteja acontecendo, ainda não me contento primeiro com o silencio de lá de fora e depois com o silencio que passa a se instaurar dentro de mim, pois sim, parece que até meus pensamentos tem se recusado a falar nesses instantes.
Não quero parecer idiota, apesar de sempre dar a impressão de que sou realmente um idiota. A verdade é que tenho falado demais de tudo nos últimos dias, isso faz-se notar pela quantidade de textos que tenho publicado ultimamente. Tão quanto quero fazer de tudo isso aqui um apelo desesperado a algum barulho exterior, preciso apenas assentar minhas ideias em algum lugar, e antes que eu as faça de forma incoerente, prefiro deixa-las fluir da maneira mais sensata possível por essas linhas que certamente meia dúzia de pessoas possam ler. Não estou escrevendo por auto piedade, por favor, sei que pouquíssimas pessoas acompanham o blog, e deixo claro, minhas ideias aqui expressam instintivamente o que sinto, e servem como base para meu alivio, não para afagar ou apunhalar alguma coisa de alguma forma.
Meus dias, apesar de esquisitos e torturante, tem disso cômicos. Naqueles em que não estou altamente concentrado em uma apresentação importantíssima do trabalho, alterno não exatamente nessa ordem em escutar umas músicas bregas/sofríveis, ter autos de excitação e começar a limpar tudo e qualquer coisa que me parece sujo a começar pelo meu próprio lep top, olhar desatentamente para a Amy com cara de indiferença em meu desktop, ouvir duas ou três vezes seguidas aquela música na qual prefiro nem falar qual é porque só de escrever o nome já sinto o nó na goela, olhar desesperadamente e continuamente para o celular que insiste em permanecer  mais silencioso do que quando está inoperante, e é claro, escrever, escrever e escrever descompensadamente.
De qualquer forma, esse tal desespero começa a dar espaço a uma sensação de despedida um tanto quanto fúnebre. Se no começo do final de semana eu me ressentia por algo que ainda não tinha acontecido, hoje me ressinto por algo que me parece que não vai mesmo acontecer.
Acho que agora posso voltar pra cama, pelo menos as minhas milhões de almofadas vão me confortar até o dia seguinte. Sim, estou mais aliviado em dividir um pouco dessa merda que não sei o que é com alguém que também não sei quem é que possa estar lendo isso tudo.
Sobre o silencio? Sim, esse ainda me tortura. Mais logo o silencio vira uma resposta, se não por falar, mais por eu ter entendido o que sua crucial falta de palavras tem a me dizer.



Sobre ser passional?
Essa talvez não seja a condição mais aceitável pelos céticos e por aqueles que fogem a essa regra, ou basicamente, uma condição inaceitável por quase todo o mundo e mais um pouco. Porém é uma condição que, sinceramente, aceito como minha. Não por escolha ou osmose, mais algo tácito, intrínseco, de condição natural de nascença.
Evidente que essa condição digamos que “anormal” de vida, tenha me causado sérios problemas nos últimos sei lá e tantos anos da minha vida, considerando a real dificuldade de aceitação por parte dos integrantes da onda reversa. Isso, às vezes, parece caracterizar uma doença séria e altamente contagiosa, e é exatamente esse tratamento que ela geralmente recebe.  Ela? Estamos ainda falando de uma condição absurdamente linda de se enxergar o mundo?
Me culpei durante anos, tentei reverter a sua intensidade, mudar a bipolaridade, agir de forma mais convicta e menos açucarada, e ser mais cético em relação a tudo o que ela representa. Confesso que, realmente fui mais cercado de possíveis paixões, mais a todo momento me cobrava pelo fato de não poder ser o que realmente eu sentia vontade de ser. Um apaixonado incurável, mesmo que um idiota incorrigível. Isso sou eu, e não adianta.
Hoje entendo essa minha “facilidade em amar o mundo” como algo puro e inocente, isenta de qualquer maldade. Estou longe de ser bom, bom no sentido de bondade, Madre Tereza ou coisa que se compare, mas me acentuo no intuito de amor de coração, daqueles que escolhesse para amar, ou que as vezes nem se escolhe, simplesmente ama, ou gosta muito, ou se apaixona muito, ou qualquer outra coisa no sentido seguido do MUITO.
Se penso em reduzir a carga de intensidade e aprender a sentir menos? NÃO, definitivamente. Já me moldei para o mundo, hoje quero mais que o mundo me aceite dessa forma. Eu sempre vou amar por muito menos.
Não quero mais sair oferecendo meu coração em uma bandeja, esperando que diversas pessoas o venham espetar com seus palitos de dentes, tirar uma pequena fatia e levar consigo dentro de seus estômagos. Quero simplesmente esperar que ele um dia compreenda a necessidade de se entregar realmente a alguém que o compreenda e o aceite, ou que morra seco ou vire um gengibre.
Enquanto nada disso acontece, sigo assim, plenamente, apaixonadamente, intensamente, irritantemente, insuportavelmente, inaceitavelmente passional.  

sábado, 14 de janeiro de 2012

Igual a qualquer um


Melhor que eu não te conte novidades, nem diga nada muito diferente, nem faça teorias sobre a gente, nem fale dessa angustia que me invade. Melhor usar palavras já testadas, amor, saudade, beijos e despedidas. Um saco de figuras repetidas, tão gastas que já não te digam nada. Pois só o que for extremamente fácil como as canções de amor do rádio, lembrem algum clichê, lugar comum e nunca retratar a nossa vida, mas te deixar feliz e comovido e te fazer igual a qualquer um.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

WTF?



 (In)voluntariamente me privo de diversas desventuras talvez por covardia ou até mesmo por excesso de zelo. Na verdade não me lembro de nada muito tentador que me tenha ocorrido nos últimos tempos e que realmente eu tenha vindo a me preocupar em arriscar ou não. Na verdade, acredito que me privava – passado - de diversas coisas, e que de uns tempos pra cá tenho realmente ficado suscetível ao tal “pagar pra ver.” Isso é bem legal, na verdade. Claro, quando você não é pisciano ou quando pelo menos consegue fazer a distinção entre coisas palpáveis, coisas a se apalpar, nenhuma coisa nem outra, coisas a não chegar perto e coisas que realmente façam valer alguma coisa, essas, particularmente acredito que devam estar em extinção, ou eu apenas esteja um pouco desequilibrado demais (novidade) para admitir que coisas que valham realmente existem e nos cercam a todo momento, a diferença é que elas nos cercam, mas NUNCA chegam até nós. Não somos/sou interessante, acho.
De qualquer forma, a falsa expectativa de ser reservado o suficiente pra se arriscar, sempre me é acompanhada de uma boa fatia de uma puta falta de falta de saber o que fazer talvez uma jarra de incertezas, dois ou três grandes pedaços de dor de cotovelo e mais um monte de outras coisas indigestas que saio arrotando por meses.
A questão é, definitivamente, que por mais que eu tenha vontade de ser desprendido e que o desapego é uma palavra mais constante em minha boca do que minha própria língua ela ainda é só uma palavra. Pobre palavra, ainda não aprendeu o real sentido que tem. Alias, eu ainda não.
É indiscutível o fato de que vou me permitir a uma micro revisão de pensamentos e que talvez eu não chegue a conclusão nenhuma, ou talvez piore, ou talvez nem pense, ou talvez continue pensando e pensando e conclua que certamente estou com sérios problemas de falta de nexo nos pensamentos, ou apenas tenha que admitir que por mais uma vez apenas estou acelerando os fatos, os atos e tudo mais.
Por hora prefiro me esconder na tristeza. Isso também é algo degenerativo que impera em alguma porra cromossômica herdada de uma mistura de piscianos com sentimentaloides.  . Claro que isso é uma condição passageira e é evidente que logo mais eu vou cansar de ficar com a cara inchada de tanto dormir. SIM, DORMIR. Porque eu não choro, nunca – NNNNN
Não ímpeto a não normalidade da “crise” da moda. Talvez ela seja sim a primeira crise que realmente tenha algum sentido, ou talvez eu esteja interpretando como várias vezes – pelo que me lembro, todas as minhas interpretações foram coisas menos profundas e eu não costumava ensaiar madrugadas a fora, enfim – de fato é algo bem intenso, digo.
O que importa é que “essaporratoda” que eu sei lá o que é, seja ela cena ou não, hora passa, hora não passa, hora passa e vai embora. De vez. Se não passar acho que não sei o que fazer, mas nada que o google não ajude. Agora, se ela passar e por infortuno decidir vir acompanhada de uma coisa que valha, ficarei eternamente grato por  esses meus momentos de total entrega ao meu descaso.
Enquanto a minha indiferença. Bom, essa é deliberadamente uma das coisas mais absurdas que tenho em mim. A minha intensidade é algo marcante, coisa de delineia a personalidade, contudo, a minha indiferença é algo que a deturpa. Logo, não sou tão intenso quanto indiferente, e quando sou um sou melhor do que sendo o outro. Defina a ordem como quiser.
Ninguém tem obrigação com você ou com o que você sente...”.




quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Plans

- Eai, quais são seus planos?
 - Na verdade eu tenho vários, se me acompanhar, no caminho posso te contar.
E quem é que acompanha?
Eu continuo nessa minha mesma idiotice eufêmica, nas ilusões e dos efeitos paradoxais, nessa realidade absolutamente paralela que já pensei em um milhão de vezes em abandonar.
Deixei de contabilizar quando os dedos dos pés e das mãos de trinta pessoas não davam pra contar quantas vezes eu decidi mudar a porra toda.
Vamos lá, eu me prendo sempre nos meus ridículos efeitos, nas minhas ridículas possessões, sempre acho que sou o dono de coisas que nem mesmo existem, coisas essas que não compramos, não ganhamos, não nada. Se essas coisas decidem pertencer a outrem, ou se quer se alugam por ai, é o suficiente para que eu me escandalize e decida acabar com toda e qualquer possibilidade de ser minimamente lógico. Isso prova e muito que as vezes tento experimentar um pouco de lógica.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

:)

Dos pequenos feitos infindáveis efeitos. 
“Eu gosto dos pequenos detalhes, das coisas mais insignificantes, dos gestos mais simples...” ·.

De gostos.



Toda confusão é valida quando se existe pretextos.
E quais pretextos temos para a confusão? O que realmente confundi, distorce, inebria?
Gosto de sentir o amargo da incerteza do confuso, gosto dessa vontade de vomitar que sinto toda vez que estou confuso.
Minhas confusões são sempre as mesmas, sempre. Elas têm sempre começo meio, começo e meio, começo e meio... Nunca se finda, não é cíclica, é rotativa em meia volta, vai do nível 1 ao 3 e nunca fecha o par.
Sou bem confuso ao expressar todo o meu sentimento de posse, a se desfazer dele em um minuto, a me apegar por mais dois ou três dias, a fingir que nada aconteceu e dar risada do acaso, a chorar desesperadamente por cinco minutos, de ligar pra qualquer um e fazer o maior drama de todos os tempos, fazer o maior drama de todos os tempos e me revestir da comédia que esse drama se torna.
Gosto do incerto do que eu gosto, alias, da incerteza das coisas que eu gosto, ou não gosto, ou penso que gosto, ou só finjo que gosto por puro... Puro o que mesmo?