Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Reforma Intima

Tem uma hora em que parece que maior do que a vontade de estar com alguém, ser amado e principalmente ter um pé para esquentar os nossos quando começa a maldida vinheta do programa "sensacional" dominical, é a necessidade, porque sim, isso não é uma vontade, de definitivamente se trancar em um paralelo só seu e arrumar toda a bagunça de dentro pra fora.
Não sei se é algo terapêutico, mas funciona como um exercício, coisas de auto conhecimento ou pode se dizer até que um estudo detalhado do seu interior, o que ficaria profundo demais, e resumindo isso não passa mesmo da vontade de trocar as cores das paredes, inverter a posição do sofá, trocar as almofadas de lugar ou sei lá, mudar de piso frio pra madeira corrida.
É simples, minha gente. Essa necessidade de mudança deve ser explicada pela psicologia como um acesso desesperado de fazer alguma coisa dar certo partindo da mudança interna com reflexos na mudança externa. E não, isso não tem nada a ver com mudanças físicas, por favor. Ninguém precisa de uma reflexão afinco para mudar os peitos ou subir as sobrancelhas, não.
É algo mais intrínseco e nada complicado, é uma "Reforma Intima". Intima no sentido pessoal e intransferível,  ou aquela coisa que não dá pra ninguém fazer por você.
Na real, é mais ou menos assim: Agente precisa achar sempre o aconchego da nossa sala, ter um sofá macio pra relaxar, uma adega cheia de vinhos e tudo mais... Evidente que, essas reformas todas teriam relação ao nosso bem estar, certo? Errado. Na verdade essas mudanças ocorrem sempre para atingir ou alcançar alguma coisa ou alguém. Desculpa, agente nunca muda por nós mesmo. Nessa hora, o amor próprio é mais coisa de idealistazinho. Mesmo idealista demais, é preciso que a "reforma" digamos assim, aconteça por nós, mas como nunca será, faremos por qualquer outro motivo.
Então vamos lá. Pare agora de trazer os outro ao seu aconchego falso, de estruturas abaladas e de paredes tom pastel. Aprenda a se reorganizar, coloque todos os livros na estante, distribua os milhares de CDs pelas caixas organizadoras e principalmente sinta-se a vontade com o seu aconchego. E lembrem-se, ninguém é obrigado a morar na sua bagunça, só você!