Se eu tenho o sorriso?
- Olha pra mim, veja como sorrio de dentro. Não, olhe direito, no fundo dos meus olhos. Olhou?
- Olha pra mim, veja como sorrio de dentro. Não, olhe direito, no fundo dos meus olhos. Olhou?
Oi alegria, eu te vejo alegria. Sua irreverencia e sua graça. Ai como são doces suas palavras,
como esse sorriso cativa, e esse jeito tonto de falar das coisas fúteis, da
vida alheia, do cotidiano destruído? Oi alegria, eu vejo a sua alma. Aquela
alma macia, doce, que nem algodão! Algodão doce, pois sim, é doce. Oi alegria,
eu vejo seus lábios, eles não param de se abrir em sorrisos, repare só como me
olha com os lábios... Seus lábios cantam os nomes, os nossos nomes. Oi alegria,
eu te vejo tão inquieta, o que acontece com você? Alguém mais te vê assim?
Alegria, você está ai... Por favor, me olhe de novo. Gosto do jeito turvo de
encarar o que eu falo. Oi alegria... Acho que te vejo melhor, porque não está
com a sua fantasia de lantejoulas hoje?
Eu não queria, mas eu enfim te vejo, alegria. Porque você
usa muletas? Quebrou sua perna, os pés, a bacia...?
Alegria, porque você não quer olhar mais em meus olhos? Alegria... Você está sangrando. Alegria?Alegria.
Alegria, porque você não quer olhar mais em meus olhos? Alegria... Você está sangrando. Alegria?Alegria.
Poxa... eu não sei mais onde você foi. Você me deixou, sua
bandida. Mas olha... eu escrevi essa cartinha pra mandar pra você. Vou colocar
ela no pé do beija flôr, tá? Ele sempre sabe onde você está. E olha, não repare a letra apressada, é que
fiz isso naquele tempinho que eu tinha entre a noite e o sono em que eu me
desaguava em você. Caso você leia, me dê um sinal? É que eu só queria te falar
que eu descobri a sua cura, e que ela está aqui em mim.
Um comentário:
que lindooo :)
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