E de repente alguém vem e me fala de amor.
Tá, tudo bem, agora explica: que porra é essa?
Eu definitivamente me privo de qualquer explicação, por mais convincente que seja. E sinceramente, acho patético escrever qualquer coisa relacionada ao tão patético quanto amor.
Quem ama quem nessa porra? Nem conceituar essa merda ultimamente tem sido possível. Se lhe perguntarem - O que é o amor? - você de bate pronto vai afundar-se no clichê e dizer – O amor é algo que não tem explicação – Desisto.
Sejamos francos, essa merda toda ai é tão boa assim que não existe? É tão magnânima que não se dá pra sentir? Ou será que ela é tão fantasiosa quanto falar sobre honestidade politica.
A os que defendem : “não sei, só digo que inexplicavelmente amo”. Amo a ponto de não me entregar, amo a ponto de não saber seu nome completo, amo a ponto de te trocar diversas vezes por mim mesmo, amo a ponto de não saber nem o que sinto, amo a ponto de simplesmente te perder no meio de qualquer coisa plural, amo a ponto de... amo, amo, amo, não amo, desamo, não sei o que é essa porra de palavra. DESABAFO.
Agora posso pensar que um conjunto de coisas que sinto, um conjunto de vontades e desejos meramente sexuais, um conjunto de “nossa, como agente se identifica”, um conjunto de palavras bonitas, cartas mal escritas, ursos de pelúcias e perfumes caros, de finais de semana no cinema, de abraços e beijos e pegações, de viagens maravilhosas, de amigos em comum, de ideias matrimoniais e um conjunto de um monte de coisa entulhada em uma suposta caixa de guardados que as vezes dizemos que dói por outrem chamada coração, isso lá que é amor?
Eu sou um leigo no assunto e começo definitivamente a achar que não tenho a capacidade de amar tão erroneamente da forma que eu penso ser o amor.
Eu odeio ser clichê, mas não me sobra outra alternativa a não ser essa de expressar tamanha indignação a um sentimento que talvez nem exista, mas que insistimos em mantê-lo vivo.
Eu me amo, amo minha mãe e minha família, e sei amar mais um monte de pessoas por ai que eu nem sei mesmo se existem, eu consigo amar minhas roupas e meus perfumes, consigo amar a minha coleção de vinil e todas aquelas almofadas ali sobre a cama, e será que é todo esse mix de sentires que eu sinto por cada coisa que amo?
Definitivamente, amor, seja mais simples, ou então eu nunca serei capaz de compreendê-lo.
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