Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

sábado, 11 de junho de 2011

Nossa Bagunça.

Volta e meia eu falo sobre sentimentos.
Claro, não os coloco sobre a mesa em pratos brancos de louça e talheres de prata com toalha de renda e tudo mais, não os faço em festa, gosto deles na mesa da cozinha, junto aos empregados, e isso basta.
Na verdade esse pouco espaço que dou a eles já é o bastante para que se esparramarem  e me tomar por inteiro. Não sei por que ainda os deixo entrar. Eles sempre bagunçam os quartos, a sala, os banheiros, e depois vão embora, e eu levo dias e dias pra organizar tudo.
Até compreendo a falta de maturidade deles, sei que todos seus devaneios aqui dentro são devidos a sua pouca idade. Precisam de educação, ora, pois. É só disso.
Eu prometi que não mais os receberia, tranquei a casa e coloquei um grande cão na grade de entrada, mas os danados conhecem a entrada dos fundos, aquela que dá acesso ao meu quarto. Sempre chegam de mancinho, prometem que vão ficar ali, sentados na beira da cama enquanto eu durmo, só que passado dois minutos, os terríveis começam a fazer a anarquia nos guarda roupas, nas cômodas, nos armário, e sem mais, vão embora e me deixam no estado de inércia anterior.
A grande verdade é que não sei viver sem essa zona toda, e que se eles me fazem de gato e sapato é justamente por que permito, por que sei o quanto é vital pra mim ver a casa toda de pernas pro ar e não sentir a menor vontade de arrumá-la. A verdade é ainda que eu espero que eles se comportem bem, que cheguem sem hora pra ir, e que façam a bagunça que quiserem desde que no final permaneçam aqui, ao meu lado.

Nenhum comentário: