Eu sempre gosto de ressaltar a minha aleatoriedade, afinal de contas, é ela a precursora dessa insanidade de boa parte de tudo o que aconteceu nessa longa vida curta de vinte e um anos.
Eu tento me convencer constantemente de que não oscilar tanto nas atitudes, ser menos atípico e mais coeso em tudo o que falo/faço/penso seria a oportunidade de dar vazão a caminhos menos dificultosos, ou quem sabe a soluções mais claras a problemas (problemas?) cabeludos, ou nem tanto.
Sei que variar entre claro e escuro, preto e branco, sensato ou imaturo podem ser coisas de natureza par, e que todos tem direito ao mínimo de insanidade possível. Acontece que minhas variações podem ir além do considerado cabível, pra não dizer normal, pois normalidade não é bem a minha especialidade.
Sei que no fundo, bem lá naquele centrinho de informações desconectadas, sim, no nosso cartão de memórias do lado esquerdo (ou será no centro?) não sei ao certo, sei que lá existe tanto apreço por essa irreverência toda de senso, de noção, de comportamentos e de infinitas coisas desconectadas.
Não pago o preço por essa complicação alheia toda, pois eu me entendo e muito bem, o difícil é fazer com que quem está do lado de lá entenda se quer o básico, sem precisar ler o manual de instruções. Pra que ser tão legível assim? A graça está no ser incompreensivelmente interessante, ou o oposto.
Já disse, não tenho múltiplas personalidades, apenas tenho uma personalidade múltipla. E isso que me difere dos psicopatas. E fiquei claro, a psicopatia é a perturbação de personalidade social, e essa amigos, vai bem, obrigado.