Eu sempre admirei pessoas brancas. Mas hoje eu tive um pouco de medo da brancura de uma mulher que vi na rua.
Foi inevitável.
Eu estava na recepção de um consultório médico, quando uma moça muito, mais muito bonita mesmo entrou no hall. Eu percebi a claridade aumentar, mais achei que era o sol que tinha resolvido dar as caras; E realmente era. O sol refletindo sobre aquele aquela folha de papel adentrando ao recinto.
A olhadela (de duas horas) foi meio que inevitável. Pra completar ela vestia um vestido vermelho que ressaltava mais ainda a sua falta de melanina. Me apaixonei, mentira.
A certo tempo da espera, não me contive e iniciei o dialogo:
- Oi. Eu sei que vai me achar maluco, mas posso te fazer uma pergunta?
Ela olha com cara de espanto e engasga na resposta – P-pode!
-Você é branca assim sempre?
(Silêncio para assimilação)
-Bom, desde que nasci. Eu acho.
- A tá. (silêncio e mais olhadas)
- Mais você tem certeza que é branca desse jeito, ou tem aquela doença do Michael Jackson?
Olhar de repressão.
- Não, eu não tenho a doença do defunto do pop. – se volta pra revista com cara de “como ele é idiota”
- Posso pegar?
- Pegar o que? – se afastando do sofá
- Na sua pele, preciso saber se é de verdade.
- Você é louco? (destaque na cara de repressão das recepcionistas)
- Por favor, eu não sou um louco... Eu só preciso saber se a sua pele é branca assim mesmo... Vai que você tá banhada de pó de arroz.
- Esse consultório, até onde eu sei, e de dermatologia e não de psiquiatria. (pausa crucial para a vergonha alheia)
- Okay. Me perdoe por favor.
- Tudo bem, pode por a mão no meu braço. Mas bem rápido.
Eu já me preparava para enfim comprovar a alvitude (essa palavra não existe, queria algo que remetesse a alvo, entendeu?) quando fomos surpreendidos pela doce voz da filhadaputa da recepcionista chamando:
- Senhor, é tua vez.
VTNC
Tudo bem estávamos em um consultório de dermatologia e pra mim só ficou a certeza de que ela era realmente tinha uma doença de pele.
O nome? Não me lembro... Eu queria só confirmar a brancura... Ah, que brancura =)
Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Nostalgia.
Nos dias especiais, nos nem tanto assim... À noite, de manha. Com sol, com praia, nos passeios no shopping, nas idas ao cinema. Ah, as idas ao cinema... Regadas com lanches podres e risadas fartas. Lembrar das noites sem fim, com guloseimas e clima gélido e aqueles joguinhos faziam-nos ser os mais pilantras do mundo... Nostálgico. Lembrar da “favelinha”, sim, aquela mesmo que fazíamos pra tapar o sol.
A voz rouca e hipnótica daquela cantora de cabelos vermelhos nas tardes do sábado com o sol na janela e mais tarde a voz poderosa de quase dois metros nos lembrando dos maiores sucessos de Elis.
E aqueles almoços de domingo? O que eram aqueles almoços de domingo? Aquele feijão, pretão, cheio de carne que mais parecia uma feijoada. Aquele vestido azul, todo despudorado, e aquela toquinha de cozinheira? O que era aquilo? E o copo de loira gelada? – Cadê minha itaipava? – E as tangerinas, sentados no sofá da sala, escaldados no calor do sol? Só saudades.
E os domingos/segundas/terças/quartas e até quintas de despedida? O coração acelera só em pensar.
Hoje faz dois anos, dois mesmo. Aquela rodoviária, aquele local, esse momento, essa hora... Aquela pessoa.
De tudo isso só me resta à falta e todos os seus sinônimos.
Nostalgia, um grande beijo.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
A quatro mãos
Tá quente aqui
Porém um calor atemporal
Sinto arder minha pele
Ardencia de derme e epiderme
A minha máscara derrete aos poucos
Já não posso continuar de cara limpa
O que eu sou está caído ao chão
E escorre como agua tolida
O que fica é carne crua
A essência pura, de alma escorrida
Fica algo levemente errado
Ligeiramente morto, seco, torpe
O que fica é o que sou
Na forma crua, suja
Perto do real
Hipocrisia on
Olha o que sou obrigado a aguentar por conta do final do ano:
Fulano diz:
- Que 2011 chegue com muita luz para você e para seu lar.
Louis diz:
- Amém, pra você e pára toda a sua familia também.
Fulano diz:
- Obrigado, meu querido amigo.
Louis diz:
- ... de nada?
Louis copia e cola a conversa para fulano 2
Louis diz:
- Agora me fala, onde que eu sou amigo dele?
Fulano 2:
- Onde que você é querido?
Louis diz: ¬¬
VTNC, beijos.
Fulano diz:
- Que 2011 chegue com muita luz para você e para seu lar.
Louis diz:
- Amém, pra você e pára toda a sua familia também.
Fulano diz:
- Obrigado, meu querido amigo.
Louis diz:
- ... de nada?
Louis copia e cola a conversa para fulano 2
Louis diz:
- Agora me fala, onde que eu sou amigo dele?
Fulano 2:
- Onde que você é querido?
Louis diz: ¬¬
VTNC, beijos.
Surto Socioeconômico
Hoje logo pela manhã consegui ter um surto.
Na expectativa de ficar milionário no próximo ano (sim, eu tenho vergonha de revelar os meios para tal feito) chegando ao trabalho, parado no sinal, vejo dois carros. Um Capitiva e um CRV, respectivamente. A minha insanidade que foi petulante ao ponto de me perseguir durante todo um dia foi saber qual dos dois carros eu compraria – pausa para assimilação.
COMOASSIM? Qual dos carros eu terei? Nem habilitação eu tenho ainda – vergonha –
O fato é: Se eu ficasse milionário e ganhasse os rios de dinheiro que eu pretendo ganhar (não quero ser pouco rico, já que é pra ser rico que seja MUITO rico) eu poderia muito bem ter os dois carros, ou melhor, comprar uma frota de carros e quem sabe ainda uma montadora de carros e dominar o mundo e monopolizar uma linha inteira de carros – menos, Louis.
O fato 2 é: Eu ao menos terminei minha faculdade, faço um estágio que não banca nem a metade das minhas despesas e as possibilidades de ficar milionário de um dia pra outro são quase nulas, ao menos que eu fizesse um leilão da minha pureza – oiq? Certamente eu pagaria para que meu corpo fosse usado? - oiq2? Enfim, meu corpo, minha pureza e o meu leilão não vêm ao caso.
Eu ainda estou pensando em qual dos dois carros eu vou comprar. Vou? Com toda a certeza, ano que vem serei milionário e comprarei a frota de carros, blá blá blá...
Na expectativa de ficar milionário no próximo ano (sim, eu tenho vergonha de revelar os meios para tal feito) chegando ao trabalho, parado no sinal, vejo dois carros. Um Capitiva e um CRV, respectivamente. A minha insanidade que foi petulante ao ponto de me perseguir durante todo um dia foi saber qual dos dois carros eu compraria – pausa para assimilação.
COMOASSIM? Qual dos carros eu terei? Nem habilitação eu tenho ainda – vergonha –
O fato é: Se eu ficasse milionário e ganhasse os rios de dinheiro que eu pretendo ganhar (não quero ser pouco rico, já que é pra ser rico que seja MUITO rico) eu poderia muito bem ter os dois carros, ou melhor, comprar uma frota de carros e quem sabe ainda uma montadora de carros e dominar o mundo e monopolizar uma linha inteira de carros – menos, Louis.
O fato 2 é: Eu ao menos terminei minha faculdade, faço um estágio que não banca nem a metade das minhas despesas e as possibilidades de ficar milionário de um dia pra outro são quase nulas, ao menos que eu fizesse um leilão da minha pureza – oiq? Certamente eu pagaria para que meu corpo fosse usado? - oiq2? Enfim, meu corpo, minha pureza e o meu leilão não vêm ao caso.
Eu ainda estou pensando em qual dos dois carros eu vou comprar. Vou? Com toda a certeza, ano que vem serei milionário e comprarei a frota de carros, blá blá blá...
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Murphy, volte para o inferno.
Alguém ai me de um motivo para começar bem 2011.
Não que eu seja um puta ingrato e não considere porra nenhuma de bom que aconteceu esse ano, mas pelo amor né? Que merda é essa de final de ano...
Eu sei que ninguém tá entendendo porcaria nenhuma lendo esse texto, e eu sinceramente nem ligo pra isso. Mentira. Acho que esse é só um dos textos mais pessoais que eu já fiz, afinal, o blog é meu, não é mesmo? Mentira de novo.
Só posso agradecer pelo fato de além de estar vivendo a fasezinha do inferno astral (aquela merda que os astrólogos acreditam ser os três meses que antecedem seu aniversário a fase mais pica de todo o seu ano), sem me esquecer também de mencionar a decepção com milhões de pessoas, a falta de amor próprio, de amor dos outros e pelos outros e mais a grande e afetuosa harmonia que se instaurou nos últimos tempos aqui em casa (ironia on).
Já não tenho mais o que agradecer, quero apenas mandar umas pessoas pro inferno, principalmente aqueles que fielmente torceram pra eu ter um BOM ano, e sem me esquecer do desgraçado do Murphy com a sua lei idiota.
Queria também mandar um cheiro (baiano on) para os mesmos idiotas amados a quem fiz a inútil referencia a cima, e dizer que também não quero que eles sejam atropelados por um caminhão de fraldas geriátricas em 2011.
Mas ano que vem é outro ano, já diria a saudosa dona Luzia ( vó linda, te amo) e vamos ver se talvez o pudim de natal não desande.
A tá, beijos psicóticos a todos.
Boa entrada, he he he.
Não que eu seja um puta ingrato e não considere porra nenhuma de bom que aconteceu esse ano, mas pelo amor né? Que merda é essa de final de ano...
Eu sei que ninguém tá entendendo porcaria nenhuma lendo esse texto, e eu sinceramente nem ligo pra isso. Mentira. Acho que esse é só um dos textos mais pessoais que eu já fiz, afinal, o blog é meu, não é mesmo? Mentira de novo.
Só posso agradecer pelo fato de além de estar vivendo a fasezinha do inferno astral (aquela merda que os astrólogos acreditam ser os três meses que antecedem seu aniversário a fase mais pica de todo o seu ano), sem me esquecer também de mencionar a decepção com milhões de pessoas, a falta de amor próprio, de amor dos outros e pelos outros e mais a grande e afetuosa harmonia que se instaurou nos últimos tempos aqui em casa (ironia on).
Já não tenho mais o que agradecer, quero apenas mandar umas pessoas pro inferno, principalmente aqueles que fielmente torceram pra eu ter um BOM ano, e sem me esquecer do desgraçado do Murphy com a sua lei idiota.
Queria também mandar um cheiro (baiano on) para os mesmos idiotas amados a quem fiz a inútil referencia a cima, e dizer que também não quero que eles sejam atropelados por um caminhão de fraldas geriátricas em 2011.
Mas ano que vem é outro ano, já diria a saudosa dona Luzia ( vó linda, te amo) e vamos ver se talvez o pudim de natal não desande.
A tá, beijos psicóticos a todos.
Boa entrada, he he he.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Sou ou sei.
Eu não conheço a essência de nada. Sério.
Nem dá vida, nem dá morte.
Eu me achei conhecedor das pessoas, das palavras, dos seres, dos amores.
Mas, o que afinal sei eu ?
Nada, apenas sei que nada sei .
Talvés eu saiba da minha essência e dos meus valores, ou quem sabe nem de mim eu sei ainda.
Já me julguei poeta, romantico, lunático, descolado, apaixonado, cético, sem graça, popular.Hoje me acho normal. Normal?
Por isso penso; conheço mesmo a tal essência?
Hoje sou um numéro, uma estátistica. Sou mais um dos milhões.
Eu que julgava ser impar. Me deparo comigo mesmo a cada esquina.
Não,eu estou enganado.
Eu mais do que conheço a essência, eu sou a essência.
Eu sou a vida e a morte, eu sou o caminho e a verdade, eu sou o sim e o não.
A minha vida.
A minha morte.
O meu sim.
O meu não.
Eu sou o meu amor, a minha felicidade, a minha auto estima.
O mundo não depende de mim, o meu mundo sim.
A felicidade não depende de mim, a minha felicidade sim.
A vida não depende de mim, a minha sim.
Nem dá vida, nem dá morte.
Eu me achei conhecedor das pessoas, das palavras, dos seres, dos amores.
Mas, o que afinal sei eu ?
Nada, apenas sei que nada sei .
Talvés eu saiba da minha essência e dos meus valores, ou quem sabe nem de mim eu sei ainda.
Já me julguei poeta, romantico, lunático, descolado, apaixonado, cético, sem graça, popular.Hoje me acho normal. Normal?
Por isso penso; conheço mesmo a tal essência?
Hoje sou um numéro, uma estátistica. Sou mais um dos milhões.
Eu que julgava ser impar. Me deparo comigo mesmo a cada esquina.
Não,eu estou enganado.
Eu mais do que conheço a essência, eu sou a essência.
Eu sou a vida e a morte, eu sou o caminho e a verdade, eu sou o sim e o não.
A minha vida.
A minha morte.
O meu sim.
O meu não.
Eu sou o meu amor, a minha felicidade, a minha auto estima.
O mundo não depende de mim, o meu mundo sim.
A felicidade não depende de mim, a minha felicidade sim.
A vida não depende de mim, a minha sim.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Nih.
E que sejamos nossa essência. Não importa a quantidade, a qualidade, a textura, a cor, o cheiro, o gosto , o tato, a intensidade... Sejamos nossa essência, semi-morta, semi-nova, renovada.
Conservar nossa essência é trabalho árduo, entre tantos conflitos, entre tantas "eu sou modernidade" tantas "eu sou globalização", tantas "Interneteminhadecadadia, tantos "eu sou geração Y", tantos " dá a pata, senta, deita, não respire, apague a luz...". É difícil, ser o eu puro de sempre é quase impossível."
Por isso, hoje lhe dou as minha congratulações ( sejamos mais razoáveis nos termos, Luis) não somente pelo seu aniversário, mas pela proeza do conservar nos potinhos de maionese do seu coração essa essência pura e original de fabrica que só uma única Nívea flôr que eu conheço tem.
Não posso mais rasgar de elogios esse prodígio de pessoa. O que me cabe somente é agradecer todos os dias a Deus por colocar em minha vida uma integrante tão ilustre dessa família mineira que desde sempre tomei por minha.
Felicidades sempre, menina flôr.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Segundas.
Hoje foi uma segunda-feira típica de final de ano onde todos parecem respirar mais aliviados, dar sorrisos mais largos, falar coisas do tipo " Tudo de bom pra você também" e prepararem-se para as coisas todas que só acontecem nessa coisa de final de ano.
Essa seria sim uma segunda-feira típica de final de ano se não fosse pelo fato de ser a segunda-feira típica de final de ano onde descobri que mais vale o meu sorriso do que qualquer ouro desse mundo.
Na segunda-feira típica de final de ano queria dizer ao mundo - "Obrigado por uma segunda-feira típica de final de ano, onde eu pude descobrir que a felicidade está onde eu menos a buscava, em mim"-.
E viva as segundas-feiras...
Essa seria sim uma segunda-feira típica de final de ano se não fosse pelo fato de ser a segunda-feira típica de final de ano onde descobri que mais vale o meu sorriso do que qualquer ouro desse mundo.
Na segunda-feira típica de final de ano queria dizer ao mundo - "Obrigado por uma segunda-feira típica de final de ano, onde eu pude descobrir que a felicidade está onde eu menos a buscava, em mim"-.
E viva as segundas-feiras...
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