Volta e meia me pergunto quais são os reais motivos que nos levam a crer em alguém.
Quais são nossas reais expectativas e porque raios ainda esperamos muito mais do que aquilo que os outros realmente tem à oferecer?
Meus pensamentos acerca da temática de veras estão se esgotando, e concluem-se sempre na crendice de pessoas realmente vivas e isentas de malicia e maldade, ou basicamente pessoas ilustradas.
A verdade, porém, é bem única: pessoas vivem apenas por si, para viver e blá... Esse é o real e normal sentido.
A analogia é simples, contudo, confusa, se resume na razão de um comportamento egoísta de defesa, ou coisa de lei do cão, da sobrevivência, cabe a mim adaptar-me ou não a esse comum senso egocêntrico, que na verdade nada mais é que um escudo protetor dos fracos.
Voltando a questão da fé depositada em outrem, isso é algo que parece, pelo menos não por inteiro, ser descartado da composição de uma essência, porém, é preciso aprender a ponderar a quantidade exata de uso para não desandar a receita. (Maldito moralismo imposto).
Seria interessante , fácil, doce, se toda essa entrega ao que não é espelho fosse ao menos infimamente reciproca, o que certamente levaria ao caos , de forma a todo o contexto sair do controle, estabelecendo relações infinitas de confiança e dando fim a todo o misticismo das confidencias e segredos e tudo isso seria disperso como areia fina em ventos fartos.]
Na verdade a confiança mutua não é algo que realmente me interessa, eu comecei a escrever esse texto pensando em entrega, e termino ele com mais um daqueles paralelos de sentimentos repentinos.
De tudo sempre um doloroso aprendizado, uma facada bilateral direto no músculo cardíaco, ou apenas um bocado de risos por uma pisada em falso e um leve beliscão nas carnes.
De mais uma confiança um desapego, de mais uma ilusão uma decepção, de mais uma infinidade de coisas, um tijolo para a construção de uma imagem completamente mutante de mim mesmo.