Eu tenho caido em seu telhado, tenho batido de madrugada em sua janela, tenho molhado o seu quintal, tenho encharcado o seu tênis que ficou pra fora e você não tem me percebido.
Quando eu caio, e você me percebe o seu guarda chuvas se abre, meio que ao automático... Ai o máximo que consigo molhar são as barras de sua calça.
Você gosta de dormir me ouvindo dançar no telhado... Meu barulho te agrada, te acalanta... Mas é lá, do lado de fora que eu continuo, derramando meus pingos no asfalto que insiste em me sugar enquanto canto seu nome a cada pingo que bate no solo.
2 comentários:
Enquanto não nos permitem, permanecemos ali como o tietê várias pessoas passam a sua margem todos os dias e ninguém quer mais conhecer seu interior e por que? Por que tantos ja nos "poluiram" com suas maldades, desafetos, e injustiças que ficamos ali como a chuva sempre fora esperando que alguém esteja disposto a deliciar-se do prazer e da alerigria de um ótimo banho de chuva. -Nós somos só um que Deus achou covardia e dividiu para que mais de uma familia e mais de um lugar pudesse ter o prazer de nos conhecer e ler o que escrevemos-
..estou sem palavras, acho que as coisas mais românticas que já vi por aí é quando as pessoas personificam coisas tão simples quanto a natureza e seus climas e modificações. Nunca li algo tão sincero e que me fizesse arrepiar ;)
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