Todo mundo é louco, esse é o relato.
Todos são insanos, inconsequentes, incrivelmente desligados de qualquer realidade se quer paralela ao que é normal.
Nossa loucura nos torna meio vital, meio psicóticos, meio humanos e nada sensatos. Nossa loucura já nos levou a lugares incríveis, já desenhou cenários inimagináveis, já nos fez rir das situações mais desgraçadas e já nos apresentou as piores e as melhores pessoas do mundo.
Dessa nossa “cesta básica” de falta de juízo, o item mais valido e mais perigoso e nem por isso o menos importante, muito pelo contrário, é a loucura de amar. Como disse, é a loucura mais acida e apimentada desse emaranhado de maluquices, e nos faz tão mais desesperados e esquisitos, e nos deixa com a cara de “usando cata baba”.
Dessa fatia de loucura quero lambuzar meus lábios. Prefiro ser louco a cada minuto, a cada segundo, e não morrer de tédio ou de amenidade.
Essa coisa de ser louco de amores não é bem real, talvez algo idealizado, fatídico, que acaba se aproximando bastante de uma esfera mais concreta. Eu quero ser louco.
Dessa pseudo falta de lógica, o que dói é quando se propõem sozinho a ser assim, enlouqueapaixonando –se e deixando toda a lucides trancada no quartinho de bagunça. Só um louco entende o outro, só um louco compreende a real necessidade de ser tão maluco assim, de ser insano, doente, possessivo.
Para todos os efeitos continuo aqui em meu manicômio, cercado de gente louca como eu, ou sozinho alimentando minhas alucinações.