Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Arrogance

Disfarçando carência com falsa arrogância.






quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pixel Perdidos - Linhares

Quero me desligar de você, parar de te ligar, parar de querer te ouvir. Falta-me coragem, falta-me vergonha na cara, falta-me força de vontade.


Perco pixels tentando demosntrar a melhor imagem de mim na intenção de vc me enxergar. Ver como me sinto. As vezes acho que a milpe nem sou eu. Posso me arrumar, me pintar, me renovar. Só você não vê. Só você não me vê. O unico que eu sempre quis, sempre preferiu me ter como um chaveiro que carrega pra cima e para baixo, mas só observa quando dá vontade, dá valor quando dá vontade. Estou desgastada, esgorada, envelhecida e enjoada.

Meus sapatos estão com as solas gastas de correr atras de você, meu telefone até troquei por sua causa. Todas as vezes que olho minhas penas cansadas lembro-me de você. Aquela figura não é apenas uma tatuagem, é um pedaço do companherismo que tinhamos, da nossa cumplicidade. Quando me olho de costas vejo ali estampada a marca da minha liberdade. Você também estava lá. Você fez parte de tudo. Você me mostro tudo e não sei se te tenho mais. Te sinto escorrendo por entre meus dedos, se afastando e acabando com tudo. As vezes não te sinto mais. Não sinto um pedaço de mim sem você. Um pedaço que é seu e você sabe, mas, mesmo assim me destroi, me derruba. Se perder um pedaço de mim é o necessário para me sentir completa, para não me faltarem pixels, nem que pra isso eu me diminua um pouco, mas vou me sentir completa, vou me sentir plena. Com ou sem você. Eu prometo não só a você, mas prometo pra mim.
 
Por Lêticia Linhares

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Uma cultura pra recordar



Por diversas vezes nos vemos envoltos a um embrenhado de tecnologia, de novas culturas e apelos culturais, de revoluções socioeconômicas, de modos, hábitos, costumes, é tudo tão novo, é tudo tão reluzente e brilhante. Parece tudo tão sadio, tudo tão harmônico e revolucionário. Somos tomados todos os dias pelo desapego as raízes.
Mais agora questiono: Até onde esse desapego todo nos levará? Será que chegaremos a um ponto de não reconhecer mais o que é bom, bom que digo no sentido de prazeres de uma vida simples, talvez. Não falo por mim, sou um fruto do meio que me desapego constantemente de tudo aquilo que fomentou minha criação, esperando uma falsa quebra de paradigmas e a construção de uma nova personalidade escondida atrás de tanta cultura e tanta riqueza.
O final de semana certamente foi um dos mais surpreendentes possíveis. Nada de muito especial, talvez não para esse meu “admirável mundo novo”, mas algo tão vivido, algo que me fez refletir tanto em origens e nessas coisas todas que escrevi. Passei talvez um dos finais de semana mais dignos de apelo cultural dos meus últimos vinte e alguns anos.
Foi em uma cidade simples, de uma família simples, longe das badalações da capital carioca, longe das pessoas reluzentes com suas culturas reluzentes. Foi ali, sentado em uma roda de samba, degustando do melhor tempero do churrasco de chão, que eu pude ter o meu primeiro choque de realidade da noite. Enquanto o violeiro fazia chorar sua viola, desafiando o publico a navegar por um verdadeiro oceano musical de canções pra lá de nostálgicas, eu pensava no quanto àquilo era bom e me fazia bem. Longe de toda aquela minha então realidade, vivi ali, por cerca de duas ou três horas um dos momentos que certamente serviram pra resgatar aquele todo eu de raiz que existe. Minha voz parecia que se soltava sem medo e eu podia ser o que eu quisesse, do jeito que eu quisesse, e isso me fazia bem. Era um retroceder a uma antiga realidade que muito me fazia bem, pois passava longe de minhas ostentações e ambições, e por algumas horas me fazia ser simplório como todos os que ali estavam.
Não digo que sou hoje uma pessoa que foge de suas bases culturais, porém minha realidade hoje é cada dia mais diferente daquela que vivi anos atrás. Os sabores dessa mesa de delicias me permitiram ser um pouquinho daquilo que fui e que por escolha minha não sou mais. Sempre me surpreendo com essas sensações que tenho durante coisas pequenas, e essa foi uma tão deliciosa que eu não poderia deixar de registrar.
Só tenho a agradecer a não sei quem a esse momento que passei nesse final de semana, e a esse resgate que pude ter e principalmente por me devolver a convicção de que onde eu estiver vivendo a realidade que for eu sempre serei isso que fui nesse final de semana, mesmo que bem lá no fundo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Coisas que sei/sou





Descobri o que sou, o que quero ser, o que posso ser e o que serei.
Não adianta, eu sou tudo o que quero ser na hora que quero ser, não adianta e não adianto.
Não posso me fixar a uma só personalidade, a um só desejo, vontade, estilo, comportamento, espectativa.
Sou do mundo, sou da vida, sou de todo mundo e sou de ninguém.
Hoje sou poeta, amanha prefiro fugir das linhas.
Hoje sou católico, espírita, macumbeiro.
Hoje falo inglês, amanhã espanhol, francês e mandarim.
Hoje estou aqui, depois New York, London, Paris, Milan
Tokyo, I think it's in Japan, Asia, Malasia, Las Vegas to play, L.A. – If you pay my way.
Eu sou assim... Essa mistura de coisas e cores, esse pouco de tudo, esse muito de nada, essa redundância, esse falso clichê.
Sou Luis, sou Louis, sou Renan, sou Osipov, sou tratadista, sou o amigo,o irmão, o filho, o super e o menos que isso.
Eu nasci assim, eu cresci assim, vou morrer assim - Só até amanha, ou pelos próximos 20 minutos ou menos.