
sábado, 7 de novembro de 2009
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Viva Vegas.

Acho que passo tanto tempo querendo decifrar o mundo que acabo esquecendo-se de olhar para o meu interior, que até então só Deus conhece.
Sempre tentei, em todas as minhas análises, decifrar os sentimentos, saber até onde dói um sentimento, ou até onde esse mesmo nos leva. Confesso, não descobri nada, simplesmente que nem sei o que é amor. Eu o sinto, será?Bom, tenho uma sensação boa quando estou perto de certo alguém, me sinto nas nuvens quando sinto o cheiro desse alguém, esse alguém me faz bem, e me faz mal, isso é amor, pelo menos até onde eu sei.
Hoje pela manhã,quando me embebedava com um livro de Paulo Coelho,tive uma sucinta explicação do que de fato seria amor.”Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei” esse foi o responsável pela minha básica aula teórica desse tema então indecifrável,amor.
Eu que muita acreditava ser sabido...
“Amar é perigoso... Amar é como uma droga. No começo vem a sensação eufórica, de total entrega. Depois, no dia seguinte, você quer mais. Ainda não se viciou, mas gostou da sensação, e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada durante dois minutos e esquece por três horas.
“Mas aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela. Então pensa por três horas, e esquece por dois minutos. Se ela não está perto, você experimenta as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem a droga. Neste momento,assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam,você está disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.”
Será esse tal de amor, só mais um jogo, onde todos nós devemos conhecer as regras e principalmente os jogadores?
Será ainda, que o mesmo Paulo Coelho teve essa mesma sensação e então posso o considerar um ser igual a mim?Que petulância.
A verdade é única, o amor é sim um jogo, para os fortes, não para qualquer um. Vem sempre acompanhado de inúmeras regras, sem exceções e viciado em falhas. Esse amor que só ganha quem realmente é bom, e só os dignos são equiparados para chegar ao fim da batalha e desfrutar de sua plenitude.
Agora eu pergunto o que nós pobres jogadores fracos de espírito e alma sentimental fazemos?
Seremos nós proibidos de jogar?
Nosso jogo, de baralho velho não se compara a esse jogo de moedas brilhantes e dados lustrosos?Um dia será, que nós também meros mortais, poderemos ir até Vegas para jogar de eu amor, ou nosso amor vai ser aceito na sinuca do Mané ali da esquina?
Eu achava que tinha conhecido o filho da puta, mas já vi que ele se desdobra em faces inacabáveis, e quanto mais se vira, mas fede...
Parei com isso, continuarei com o meu amor, o mesmo do baralhozinho velho, quem sabe assim um dia, esse meu carteado não faça um “royal straight flush” e eu ganhe sem o luxo e o brilho do lustroso amor de conto de fadas...
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Pseudo loucura

Será possível que alguém que não resolve seus próprios conflitos internos tem a força de resolver conflitos de outrem?
Eu não sei de onde vem essa minha perspicácia em cuidar das mazelas psíquicas dos outros,e como isso se manifesta em mim,mas a tempos sinto um breve burburinho sobre minhas palavras talvez embasadas em uns conselhos clichês,ora com regras da ignorância do populismo,ora com sabedoria de clichês cognatos,apenas disfarçados de palavras sórdidas.
Enfim,eu não sei se essa porra está realmente sendo útil a alguém,só sei que me flui, e na hora falo e escrevo o que penso e o que acho conveniente .
Estou na profissão errada?Não sei,e nem considero esse meu “dom de psicologia barata” algo que me traga frutos,apenas faço,e continuo fazendo,na esperança de pelo menos viver a metade do que recomendo aos meus “pseudo pacientes” .