Eu não aceito nada nem me contento com pouco. Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

sábado, 27 de setembro de 2008

Gritos


Em livramento.


Escoam hoje, palavras de dor, hoje e sempre, como toda vez que decido passar por aqui.
Ao som de Yan Tiersen,escrevo linhas de desespero,martelando ferozmente o teclado, cuspindo tudo o que vem a cabeça, e nesse misto de sentimentos indescritiveis, me perco mais uma vez nas entrelinhas de um texto idiota que nem se quer tenho a coragem de destinar.
Talvez por alguns minutos, ou enquanto eu tiver criatividade para manter tal enredo, eu me livre desse inferno astral que me prendo no mundo exterior,fazendo assim ocupar-me somente com letras e boa grafia,mas de certo uma hora se esgotará todo o meu pobre vocabulario, e ja nem terei mais tolices para colocar aqui.
Ah, sim escoam meus gritos por esse corredores escuros,e que se danen os que pensam ser mais um surto de loucura ou um incerto de falta de pasciencia, se danen tambem aqueles que lerem isso, e me taxaram como um melodramatico infantil,se danem ainda, os que perderem seu tempo querendo entender o por que escrevo tal, quem realmente importa , sabe.
Como queria que acabasse essa fulga, esse tal esconde-esconde,como queriar parar de banalizar o que acontece,e simplesmente viver, como queria ...como queria eu ser diferente, como queria eu ser moldavel, e ser sempre o que esperam, como queria eu ser perfeito, mas se fosse, certamente aqui não estaria,pois não haveria do que me lamuriar.
Se pudesse ao menos sentar e te falar aos teus olhos tudo o que tenho reprimido,se pudesse ao menos tocar, e ai sim banalizar palavras, deixam apenas os gestos e sentimento se entenderem, se pudesse evitar tal coisas, se pudesse recorrer de antigas atitudes,se pudese fazer do nosso o mais perfeito possivel, se pudesse eu não ser eu pra ser você.
Deveria sim, ser eu bem menos chato,menos afoito,menos futil, menos despresivel, mais presente,mais amigo, mas falante, menos estupido,menos meloso,menos implicante,mais confiante, mais liberto, menos eu.
E nessas de poderia,devia e queria,me findo sem mais.Resaltando apenas, que amor, não é coisa de louco,o que dizem sobre ele,talves pareça estranho, mas ele em sua forma crua é puro,e deve ser degustado com todas as bocas possiveis.



Sem maiores observações, caros leitores peço-lhes cordialmente,não comentem esse texto, de nada ele vale quando lançado ao vento, certamente ele daqui será excluso.


Desabafo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

sem titulo

Sua gola puída, não mais desgastada que seu coração, agora vadio.
Cruzava as ruas à procura de rostos conhecidos, e palavras afáveis.
Rumores nostálgicos e peças frias de um quebra cabeça complexo.
Sentia-se invadido de pensamentos esdrúxulos e amorais.
Lançava-se na multidão a fim de ouvir corações em uníssono,
Esse compasso incrivelmente tornava-o mais vivo, mais humano.
Dedica sua derradeira vida àquela expropriadora de sua sanidade.
A efemeridade de tal amor, que julga ter sentido, levou não somente
sua alma, mas seu juízo em desvarios.”




Da sempre grande escritora Rosamara Maciel

Sim ,mas uma vez pra falar de mim, mas agora diferente de como antes, pois é,já não sou mais o mesmo.
Sim, sou estranho antes que me perguntem,tenho mania de escrever, de falar sozinho, de chorar, de rir dos outros, de comentar os gostos podres,de reparar a cor dos cabelos, de sentir os perfumes baratos,de ser manipulavel, de me levar por aparências,de comer doces pela manha, de achar que sou loiro,de fingir ser legal, de fingir ser intelecto,de fingir ser interessante,de querer chamar atenção,de achar que me visto bem,de me sentir no direito de cobrar,de não gostar de onibus,de odiar figado,de comprar,de consumir,de comer,de andar de sapatos,de fingir dietas,de tirar fotos horriveis,de usar oculos escuros,de ouvir musica boa,de tomar coca-cola,de acordar tarde, de ter meus surtos de personalidade...





Pessoas.
Quantas não vimos passar por está rua?
Diversas já pararam e disseram oi, outras simplesmente por indiferença ou até por falta de tempo passam e nem se fazem notar.Delas vimos das mais diversas formas,ouvimos das mais loucas historias, e descobrimos as mais insanas paixões.Poucas são capazes de se fazer lembrar, mas as que fazem com certeza ficam tatuadas no mais fundo da memória.Daquelas que sentaram na beira da calçada e desfiaram conversas inúteis ,fica a ligeira marca dos seus risos escandalosos e das suas piadas de tom inocente.Das que se submeteram a passar do portão pra dentro,ainda lembro do pouco de agua durante longas prosas sobre a vida alheia,ou sobre coisas do futuro.Ainda existem aquelas que entraram, e aconchegadas no sofá, tomaram um café enquanto trocávamos confidencias.De todas essas, muitas me marcaram, muitas foram eu, muitas ainda tenho em mim, em momentos diferentes, quem sabe em vidas diferentes,mas todas deixando seu pedaço de historia no meu livro de paginas brancas titulado como "vida".
Nenhuma comparavel,todas em sua forma,cor, molde.
Muitas ainda estão por vim,muitas mais já vieram e estão por ir,outras voltaram,enquanto outras ainda passaram despercebidas.
E assim prossegue essa rua, ali, intacta a espera de quem por ela passar,e deixar sua marca em suas calçadas cruas.